A opção da Ferrari em rescindir o contrato de Kimi Raikkonen com um ano de antecipação, sob uma cláusula especulada de 17 milhões de euros (R$ 43 mi), é justificada por fatores ligados à personalidade do piloto, considerado, aos 30 anos de idade, já acomodado e sem a mesma motivação de antes para competir na Fórmula 1.
"Em dois dias (Fernando) Alonso foi mais visto em Maranello que outros em dois anos", afirmou um membro ferrarista ao diário madrileno Marca. Embora não tenha citado o nome de Raikkonen, a comparação entre o espanhol e o finlandês é flagrante, sendo que o primeiro só pôde visitar a fábrica pela primeira vez em 6 de novembro, após o encerramento da temporada.
Se jamais falou claramente sobre as razões que levaram a Ferrari a bancar uma multa milionária para ter Alonso, o presidente da montadora, Luca di Montezemolo, também já deu indicações no mesmo sentido. "É uma questão de personalidade, porque Kimi é o tipo de pessoa que mostra pouca emoção e mantém tudo dentro dele. Essas coisas não ajudam na troca de informação no time".
Mesmo já querido em Maranello, o espanhol admitiu na semana passada que ainda precisa " ganhar a confiança" dos integrantes de sua nova equipe: "Quero chegar à primeira corrida com uma boa união, para que todos nos sintamos cômodos".