Economista respeitado em todo o país, Luiz Gonzaga Belluzzo reconhece que, quando o assunto é o Palmeiras, suas atitudes mudam completamente. Até por isso, o presidente alviverde tem colecionado polêmicas desde que assumiu o cargo no Palestra Itália.
"Eu sou comedido na minha vida cotidiana, mas no futebol eu sou mais parecido com o torcedor comum. Eu, assistindo a um jogo, me incomodo quando o jogador está mal. Mesmo como presidente, eu reclamo porque sou torcedor. As pessoas se espantam quando você tem essas ações", afirmou Belluzzo, em entrevista nesta quinta-feira ao Sportv.
A última polêmica do cartola envolveu o São Paulo. Em vídeo que vazou na internet, Belluzzo puxou o coro "vamos matar os bambis" durante a festa de uma torcida organizada do Palmeiras. Ele considera a repercussão do caso exagerada até por se tratar, segundo o próprio dirigente, de uma brincadeira.
"Achei essa divulgação da festa algo intolerável. Pegaram uma filmagem de celular para mostrar na internet como forma de dizer que eu estava incitando a violência. É um absurdo. Era um ambiente de brincadeira, com minha família, para ver o samba da escola. Foi uma violação da intimidade das pessoas. Eu estava falando em um ambiente em que as gozações rolavam soltas", justificou.
Belluzzo aproveitou a oportunidade para sair em defesa das facções organizadas que frequentemente estão envolvidas em problemas. "É fundamental não marginalizar as torcidas, senão a situação vai piorar. Não pode generalizar falando que todos são bandidos", afirmou.
Em sua administração no Palestra Itália, Belluzzo garante que a torcida é tratada com extremo respeito. "Quando gritam que 'a razão da minha vida é você' (o Palmeiras), os torcedores estão falando a verdade", disse o presidente do Verdão.