Entre os envolvidos no escândalo de doping que vem manchando o esporte da Espanha pode estar o nome de Paquillo Fernández. Vice-campeão da marcha de 20 km nas Olimpíadas de Atenas, o atleta teve encontradas substâncias proibidas em sua própria casa, mas nega o envolvimento na polêmica.
Já se sabia que Fernández era investigado desde a terça-feira, e um dia depois ele se defendeu pela primeira vez das acusações através de um comunicado. "Nunca tive nada a ver com a dopagem", disse ele, garantindo ainda jamais ter trabalhado com o médico peruano Walter Viru.
De acordo com a Guarda Civil espanhola, Viru era o responsável por uma rede de doping que distribuía EPO (eritropoietina), responsável por estimular a produção de glóbulos vermelhos e facilita a oxigenação sanguínea, e outras substâncias irregulares a atletas. Por causa do escândalo, 11 pessoas, nove homens e duas mulheres, foram presas nesta terça.
Segundo fontes judiciais, foram encontradas formas de doping na residência de Fernández em Granada. Apesar disso, ele não pôde ser imputado por não haver provas suficientes contra a sua honestidade. Nesta quarta, o medalhista de prata dos Jogos de 2004 se mostrou "tranquilo", esperando "os resultados da citada investigação".