Banido da Fórmula 1 pelo escândalo de manipulação de resultado do Grande Prêmio de Cingapura-2008, o italiano Flavio Briatore, ex-chefe da Renault, entrou na Justiça Comum francesa para pedir a anulação da pena e uma indenização de 1 milhão de euros. O caso será julgado nesta terça-feira, em Paris.
O italiano acusa a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) de agir "cegada pelo desejo exclusivo de vingança de um só homem". Ele se refere ao britânico Max Mosley, então presidente da entidade agora comandada pelo francês Jean Todt.
"É uma punição radicalmente ilegal", disse Philippe Ouakrat, advogado de Briatore. "Agora, eles alegam que não houve sanção, mas sim uma recomendação enviada a todos os seus membros para não tratarem com o meu cliente", declarou o representante do italiano em alusão à FIA.
O ex-chefe da Renault, por sua vez, sustenta que Mosley acordou sua punição com o resto dos componentes do Conselho Mundial. Flavio Briatore foi considerado culpado por arquitetar o acidente proposital do brasileiro Nelsinho Piquet para beneficiar seu então companheiro Fernando Alonso no GP de Cingapura.
Os dois pilotos não foram punidos, Pat Symonds, então diretor de engenharia, foi demitido pela Renault e suspenso por cinco anos e a equipe recebeu apenas uma advertência. Flavio Briatore não deve comparecer ao julgamento na capital francesa.