Jornal Correio Braziliense

Superesportes

Antes de pegar Brasil, Japão joga toalha e se contenta com pódio

A derrota para Cuba neste domingo (22/11) e o consequente fim da invencibilidade na Copa dos Campeões de vôlei masculino vieram como uma ducha de água fria na seleção japonesa. Embora ainda tenha chances de título caso arrase o Brasil na última rodada, a equipe oriental nem especula essa possibilidade e garante já estar satisfeita por ter garantido uma vaga no pódio da competição.

Como Brasil e Japão vinham com campanhas perfeitas na Copa dos Campeões até este sábado, tudo se encaminhava para um confronto direto, a partir das 8h (de Brasília) desta segunda-feira, que valeria o título do evento. Porém, uma vitória de Cuba por 3 sets a 0 deixou a situação dos donos da casa muito difícil - se superarem os atuais vice-campeões olímpicos, empatarão em número de pontos, mas dificilmente ficarão à frente do rival no ponto average, primeiro critério de desempate (tem média de 1,83 contra 4 dos comandados de Bernardinho.

[SAIBAMAIS]Essa situação fará os mandantes entrarem em quadra em Nagoia só pensando em fazer uma boa exibição em vez de sonhar com o inédito troféu, conforme apontou o técnico Tatsuya Ueta. "Quero parabenizar meus jogadores pela conquista de uma medalha em uma competição com os campeões de todos os continentes. Espero que este seja o início de uma nova história para o vôlei do país, porque não ganhávamos uma desde 1977", comentou. Nos últimos 32 anos, os japoneses até foram hexacampeões asiáticos, porém só subiram uma vez no pódio de um evento internacional - segundo lugar na Copa do Mundo de 1977.

Já tendo garantido um lugar entre os três melhores da Copa dos Campeões, o Japão buscará ignorar o favoritismo do Brasil nesta segunda. "Fomos batidos pela força e altura de Cuba", analisou Ueta. "Aprendemos o que é necessário para enfrentar equipes como ela e o Brasil, com tanta altura e força. Mas ainda temos um longo caminho até o topo".