Na última semana, o futebol brasileiro foi palco de dois casos de briga em campo. E ambos contra um companheiro de equipe. No domingo, Hugo e André Dias se desentenderam na área são-paulina contra o Vitória, e trocaram tapas antes de serem contidos. Já nesta quarta-feira após o apito para o intervalo do jogo entre Grêmio e Palmeiras, Maurício e Obina chegaram às vias de fato ainda no gramado.
Apesar de serem dois casos extremamente semelhantes de "fogo amigo", as punições e repercussões foram bem diferentes. Enquanto os são-paulinos tomaram cartões amarelos, se abraçaram ainda dentro de campo e afirmaram que o incidente não havia passado de um "lance de jogo", os palmeirenses entraram no vestiário ainda exaltados, foram expulsos e demitidos logo após o apito final.
Para o Tricolor paulista, os dois casos foram extremamente diferentes. "A situação do André Dias e do Hugo não teve nada a ver com o lance do Palmeiras", afirmou o superintendente de futebol Marco Aurélio Cunha. "No nosso caso, foi lance de jogo", adicionou.
O vice-presidente de futebol são-paulino, Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, também achou que a briga palmeirense foi bem pior. "No caso do Obina, houve agressão física. No caso do André Dias e Hugo, houve desentendimento, um excesso de animosidade. É uma coisa totalmente diferente", disse o dirigente.
Mesmo sem comentar a dispensa dos dois atletas por parte do Palmeiras, Marco Aurélio afirmou que no caso são-paulino qualquer 'pena' maior está descartada. "Eles (Hugo e André Dias) saíram abraçados de campo, deram um exemplo à sociedade. A punição está bem dada. Qualquer outra punição será um excesso absurdo", finalizou.