O julgamento do processo de impeachment do presidente do Fluminense, Roberto Horcades, será realizado nesta quinta-feira, na sede do clube, e pode culminar com o afastamento do dirigente, que vem sofrendo pesadas críticas da oposição. Para que a votação aconteça é preciso que pelo menos 151 conselheiros, de um total de 300, compareçam à reunião.
Dificilmente Horcades, cujo mandato chega ao fim em dezembro de 2010, será afastado, pois a situação tem conseguido várias adesões nos últimos dias, principalmente por conta dos sinais de reação que a equipe vem dando no Campeonato Brasileiro. Além disso, nem todas as correntes de oposição entendem que a saída de Horcades será boa. Mas caso o quorum mínimo seja alcançado, com a presença de 151 conselheiros pelo menos, a votação acontecerá. Neste cenário, a oposição precisaria de 2/3 dos votos para conseguir o impeachment.
Nos últimos dias os dois grupos políticos trocaram acusações pela imprensa. Principais articuladores do processo de impeachment, o vice-presidente geral, José de Souza, e o ex-presidente Sílvio Kelly fizeram mais denúncias contra Horcades, que respondeu por intermédio de uma nota oficial, uma vez que vem se negando a dar entrevistas.
Horcades assumiu o Fluminense em janeiro de 2005, conquistando o título carioca daquele ano. No fim de 2007 foi reeeleito, graças à conquista da Copa do Brasil. Seu melhor momento, porém, foi em 2008, quando conseguiu montar o time vice-campeão da Copa Libertadores. Nesse ano, fragilizado por conta do iminente risco de rebaixamento no Brasileiro, não conseguiu frear a marcação da votação para seu afastamento.