Jornal Correio Braziliense

Superesportes

Iverson deixa Grizzlies, mas garante prosseguimento da carreira

O afastamento temporário entre Allen Iverson do Memphis Grizzlies se tornou definitivo nesta segunda-feira. Longe da família e no banco de reservas da franquia, o astro chegou a um acordo para rescindir seu contrato com apenas três partidas disputadas. De qualquer forma, aos 34 anos ele garante ainda não pensar em aposentadoria e já estuda propostas para voltar a atuar na NBA. Eleito o MVP (Jogador Mais Valioso) da temporada 2000/01 da liga quando ainda defendia o Philadelphia 76ers, Iverson entrou em um período de grande baixa desde que foi trocado pelo Denver Nuggets com o Detroit Pistons. Suplente durante boa parte da última temporada, o armador ameaçou até se retirar, mas acabou acertando com os Grizzlies para o novo campeonato. Embora estivesse em um time considerado modesto, nem assim conseguiu ser titular - após perder toda a pré-temporada lesionado, voltou na reserva e, sem paciência, apressou-se em obter o desligamento. O fracasso em Memphis, onde a solidão também atrapalhava, visto que sua esposa e seu filho continuaram vivendo em Detroit, o ex-jogador da seleção dos Estados Unidos ainda quer atuar. Para controlar a distância para a família, de preferência na Conferência Leste. "Há dúvidas na cabeça de algumas pessoas, mas ele ficará trabalhando duro até que ouça sobre o interesse de alguém", informou nesta terça o empresário do atleta, Gary Moore, ao portal norte-americano Yahoo. Mal acertou a rescisão com os Grizzlies, Iverson viu o jornal New York Daily News colocá-lo próximo de um contrato com o time da cidade, os Knicks. Comentando o assunto, o agente negou a informação, mas admitiu se tratar "de uma das cidades favoritas" do armador. "Ele ama o estilo de jogo de (Mike) D'Antoni", disse, em referência ao ofensivo técnico da franquia. "Ficaremos eufóricos se isso for verdade". Garantindo que o principal problema do astro nos Grizzlies era mesmo o afastamento da família, Moore assegurou que seu cliente até aceitaria começar partidas no banco. Contudo, apenas se fosse para vestir a camiseta de um time com potencial para faturar a NBA. "Não é necessário exercer um papel de titular se a situação e as circunstâncias forem as corretas", concluiu.