Jornal Correio Braziliense

Superesportes

Para Dennis, saída da Mercedes é 'boa para todos'

Principal representante da McLaren Automotive, Ron Dennis voltou a falar em nome da fábrica nesta segunda-feira. Para o histórico dirigente, a decisão da Mercedes-Benz de comprar a Brawn GP visando à temporada 2010 da Fórmula 1 não foi ruim para o time de Woking - na verdade, acabou sendo "boa para todos". Nesta segunda, a Mercedes organizou uma conferência de imprensa em Frankfurt para anunciar que, 55 anos depois, voltará a competir na Fórmula 1 com uma equipe de fábrica, que continuará sediada em Brackley e será chefiada por Ross Brawn. A novidade obrigará a McLaren a readquirir 40% de suas ações que são de posse da montadora até 2011. Pelas próximas seis temporadas, de qualquer forma, os alemães continuarão cedendo motores ao time de Dennis, agora sob pagamento. Segundo informou a Daimler, empresa que controla a Mercedes, uma das razões para o fim da parceria que começou em 1995 foi o interesse recente da McLaren em construir carros de rua. Curiosamente, também na última manhã Dennis apresentou o novo modelo esportivo dos britânicos, MP4-12C. Enquanto isso, falou à imprensa sobre o futuro da escuderia que conta com Lewis Hamilton. "Trata-se de uma situação em que todos ganham, tanto a McLaren quanto a Daimler", garantiu. "Já havia divulgado minha crença de que, para sobreviver na Fórmula 1 no século 21, é necessário se tornar muito mais que simplesmente um time. Na tentativa de ganhar corridas e campeonatos, uma companhia que tem um time deve ampliar o âmbito de suas atividades comerciais", emendou o dirigente, fazendo referência ao MP4-12C, que segundo ele "herdou os genes" do carro que competiu no Mundial de 1994 e será lançado em 2011. Depois de anunciar no início de 2009 seu afastamento dos assuntos referentes à fábrica de Woking na categoria, Ron Dennis voltou a assistir a um grande prêmio in loco em Abu Dhabi. Esse comparecimento do inglês foi uma decorrência direta da saída de seu inimigo Max Mosley do comando da FIA - a prova árabe foi a primeira a ser disputada desde que Jean Todt foi eleito o novo presidente.