Derrotada pelo Rio de Janeiro na disputa pela sede dos Jogos Olímpicos de 2016, Tóquio ainda não anunciou se concorrerá novamente, visando agora a 2020. Porém, no que dependesse do desejo de seu prefeito, Shintaro Ishihara, a cidade já estaria se preparando para esse desafio.
Dono da candidatura menos apoiada pelo público dentre aquelas que foram à votação final de 2 de outubro, em Copenhague, Tóquio vem enfrentando críticas pelos altos gastos do projeto derrotado. "Sim, nós gastamos dinheiro para 2016, mas temos as finanças ajustadas à parte para desafios tão grandes", respondeu Ishihara em conferência de imprensa concedida nesta sexta-feira.
Recorrendo à história e ao único ano no qual as Olimpíadas foram realizadas no Japão, o político não acredita que o país ficará fora da disputa para 2020, quando deve ter rivais como Paris e Roma. "Tóquio perdeu os Jogos de 1960 antes de ganhar quatro anos depois. É necessário examinar onde falhamos e ver o que precisamos fazer para sermos bem-sucedidos. É importante deixarmos um legado para as gerações futuras", projetou.
Antes das declarações de Ishihara, Hiroshima e Nagasaki, as únicas cidadas da história a terem sofrido um ataque nuclear, também haviam mostrado interesse na organização do evento esportivo. Além do COI (Comitê Olímpico Internacional), que não aprova candidaturas em conjunto, a ação não é apoiada também pelo prefeito de Tóquio. "Quando Tóquio e Fukuoka estavam disputando o direito de ser a representante japonês, eu já dissera que deveríamos tentar de novo caso perdêssemos", lembrou.