A Portuguesa não conseguiu resistir à pressão e acabou derrotada pelo Juventude por 1 x 0 na noite desta terça-feira, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Após o apito final, a comissão técnica do time paulista invadiu o gramado e, junto do elenco, partiu para cima do árbitro carioca Péricles Cortez, reclamando de ameaças feitas durante o intervalo.
[SAIBAMAIS]
"É vagabundo! Foi pressionado no vestiário", bradou o técnico Vagner Benazzi, enquanto agitava os braços e ofendia o árbitro, que era protegido junto com os assistentes Cláudio José de Oliveira Soares e Wendel de Paiva Gouveia, também do Rio de Janeiro. Policiais cercaram o trio de arbitragem, escoltando-o.
Segundo as reclamações lusitanas, o gerente de futebol do Juventude, Fernando Rech, teria abordado o trio de arbitragem durante o intervalo, nos vestiários, e afirmado que, se a equipe gaúcha não vencesse, eles não sairiam do Alfredo Jaconi vivos. A cena teria sido presenciada pelo técnico Vagner Benazzi, bem como por dirigentes e jogadores do time paulista.
Revoltado, o gerente de futebol da Portuguesa, Luis Lino, desafiou Péricles Cortez a confirmar a história. "Ele foi ameaçado, falaram que ele não ia sair vivo se o Juventude não vencesse. No Canindé, por uma possível ameaça de conselheiros no vestiário, nos deixaram sem estádio, interditado. Quero ver se ele (árbitro) vai ser homem de relatar na súmula o que aconteceu", disse, em declaração ao canal Sportv.
Apesar das reclamações, a vitória do Juventude não foi conquistada com lances polêmicos. Mendes marcou o gol que definiu o resultado aos 22 minutos do segundo tempo, aproveitando rebote em cobrança de escanteio. No lance mais ríspido da partida, o atacante Zé Carlos agrediu o volante Lauro ao ser empurrado, durante discussão. Ambos foram expulsos pelo árbitro.