Ricardo Gomes assumiu o comando técnico do São Paulo em junho, mas ainda não teve seu trabalho esquecido na França, onde trabalhou por cinco anos antes de chegar ao Morumbi. A boa fase do Monaco, ex-equipe do treinador são-paulino, faz a imprensa francesa reconhecer a importância do ex-zagueiro na trajetória do clube.
A revista So Foot veicula neste mês uma longa análise sobre a diferença entre Gomes e o atual comandante do Monaco, Guy Lacombe. A conclusão da publicação é simples: a responsabilidade pelo sucesso do time é do profissional brasileiro.
Segundo a revista, durante o período em que dirigiu a equipe (entre 2007 e 2009), Gomes foi o "treinador mais subestimado da Liga Francesa", mas se notabilizou como o mentor do bom momento do clube ao implantar um "esquema tático com rigor defensivo e ímpeto físico", que foi mantido por Lacombe.
Para completar, como dispunha de pouco investimento, o atual comandante são-paulino deu espaço a garotos como Juan Pablo Pino, Park, Yohan Mollo, Mongongu, N'Koulou, Ruffier e Fred Nimani, além de um dos maiores ídolos do momento da equipe, Alejandro Alonso. Já o novo treinador do time francês estaria com mais possibilidades de contratar jogadores experientes, mesclando com os jovens deixados pelo brasileiro.
A única ressalva feita ao trabalho de Gomes foi um suposto desentendimento com o atacante Nenê, que acabou emprestado ao Espanyol e só voltou ao clube sob a batuta de Lacombe. Hoje, é o principal goleador do time, que ocupa a terceira posição no Campeonato Francês.
Antes de comandar o Monaco, Ricardo Gomes também esteve à frente do Bordeaux. Já entre 1996 e 1998, o brasileiro teve seu primeiro trabalho como técnico ao dirigir o Paris Saint-Germain e levou o clube ao único título europeu de sua história, a Recopa, em 1996.