No momento em que o meia Ronaldinho Gaúcho começa a evoluir seu futebol com a camisa do Milan, o técnico Dunga mostrou que o jogador ainda tem chance de ser convocado para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Em entrevista à revista Isto É, o comandante da seleção brasileira afirmou que, no entanto, isso não vai depender da técnica, mas sim do comprometimento do craque.
"Ele é um jogador diferenciado. Depende dele. Quero contar com os melhores. Mas nossa seleção deixou de ser apenas uma questão exclusivamente técnica. É uma questão de competitividade e comprometimento", explicou Dunga, que barrou o jogador diante das fracas atuações com o Milan e do baixo rendimento na seleção, durante o final da última temporada europeia.
"Comigo as coisas são bem mais simples. A seleção é mais importante do que todos. Se alguém quer alguma vantagem, respeito, ascensão sobre o grupo, tem de conquistar dentro do campo. Não dou nada a ninguém, não é treinador que dá vantagem ou reconhecimento ao jogador. Aqui é regra básica: todo mundo se apresenta no mesmo dia, dorme e acorda no mesmo horário", continuou Dunga.
O ex-volante ainda negou que a convocação de Ronaldinho Gaúcho para os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, tenha sido feita a pedido do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. "O presidente já tinha falado com a gente antes. Tínhamos nos reunido e traçado na preparação da seleção olímpica. O presidente me perguntou se ainda pensava no Ronaldinho na seleção principal. E eu falei que sim. Ninguém tirou o chapéu de ninguém", garantiu.
Campeão da Copa América, da Copa das Confederações e primeiro colocado nas Eliminatórias, Dunga avisou que deixa o cargo após o final da Copa do Mundo de 2010. "Para dar oportunidade a outra pessoa", justificou.