Jornal Correio Braziliense

Superesportes

À espera de convite, Tcheco aceitaria ser 'mais um' no Timão

Ronaldo foi o assunto de uma conversa entre o meio-campista Tcheco e o seu pai e procurador, José Antônio Luciano, após a vitória do Corinthians sobre o Grêmio. "Pô, filho, o Ronaldo é bom. Mas não está um pouco rechonchudo?", perguntou o pai. O gremista defendeu: "De jeito nenhum! Dentro de campo, a gente nota que cara é diferenciado! Basta ver o jeito que toca na bola". Tcheco tem a chance de jogar na mesma equipe que Ronaldo em 2010, ano do centenário do Corinthians. O presidente Andrés Sanchez chegou a falar com o jogador no início da temporada, mas não formalizou uma proposta. "Se eles tiveram interesse uma vez, há bem pouco tempo, é possível que façam um convite novamente. Noticiaram até que já existe um pré-contrato, mas isso não passa de boato. Sou eu quem cuida das coisas do Tcheco. Se houvesse alguma coisa, eu saberia", assegurou o pai do meia. José Antônio partilha da admiração do filho pelo Ronaldo. Tanto que, em uma eventual transferência para um Timão, tiraria a camisa 10 do corpo de Tcheco para colocá-lo na condição de coadjuvante. "Se acertar com o Corinthians, ele será apenas mais um no grupo. É dessa forma que analiso. O time já tem o Ronaldo. Qual brasileiro não o vê como ídolo? Ainda conta com Felipe e pode trazer até o Riquelme. O Tcheco precisará buscar o seu espaço", previu. No Grêmio, ao contrário, Tcheco se firmou como um dos ídolos da torcida no atual elenco. Também está completamente ambientado a Porto Alegre. Chegou até a programar a sua aposentadoria no clube gaúcho. O que seduziria o meia, então, a vir para o Timão? "A proposta tem que ser melhor", respondeu seu pai. "Ele nutre um carinho muito grande pelo Grêmio e adora a cidade, é verdade, mas precisa alimentar as crianças. O Tcheco já disse que pararia de jogar no Coritiba em outra oportunidade. São coisas que se falam no calor do momento", complementou. O Corinthians, por outro lado, gostaria de contar com a experiência de Tcheco na Copa Libertadores da América de 2010. O jogador de 33 anos trabalhou com o técnico Mano Menezes no próprio Grêmio e é visto como versátil. Seu pai, no entanto, minimizou as motivações de o filho disputar mais uma competição sul-americana e de triunfar no Estado de São Paulo. "O Tcheco já é um cara experiente, com conquistas no currículo. Claro que o projeto conta, mas o Grêmio é um clube tão grande quanto os paulistas. Para ele, não importa tanto dizer que jogou em Corinthians, São Paulo ou Palmeiras", afirmou José Antônio Luciano, citando a fracassada passagem do filho pelo Santos, entre 2005 e 2006, após briga de bastidores com o São Paulo pela contratação. "Ele chegou da Arábia Saudita [defendia o Al Ittihad] depois de dois anos sem férias. Havia jogado no dia de Natal. Já foi logo integrado ao elenco e não fez a pré-temporada como se deve. Acabou sofrendo uma série de contusões", recordou. Ao contrário do pai, Tcheco ainda é comedido ao falar do interesse do Corinthians. O meia agendou para a metade de novembro uma reunião com a diretoria do Grêmio para negociar a renovação do seu contrato, hoje com validade até 31 de dezembro.