A Renault pode não competir na Fórmula 1 em 2010. Ainda na tarde desta quarta-feira, a cúpula da escuderia deve se reunir e emitir uma nota oficial sobre seu destino na principal categoria do automobilismo. Esta possibilidade surgiu no mesmo dia em que foi anunciado o desligamento da Toyota da F-1 em virtudes de problemas financeiros.
A Renault assinara o "Pacto de Concórdia" entre as equipes da F-1 se comprometendo a permanecer no grid até 2012. Porém, a saída da escuderia japonesa abriu uma brecha que poderia ser aproveitada pela montadora francesa, que deve seguir fornecendo motores para as equipes.
Esta informação chega a ser surpreendente, pois a escuderia já planejava a próxima temporada e tinha acertado com o polonês Robert Kubica para substituir o espanhol Fernando Alonso, que migrou para a Ferrari.
A imagem da Renault na F-1 ainda está bastante avariada após a revelação de que o ex-chefe da equipe, Flavio Briatore, mandou o brasileiro Nelsinho Piquet provocar intencionalmente um acidente do Grande Prêmio de Cingapura em 2008 para beneficiar seu companheiro Alonso.
Caso seja confirmada a saída da Renault, seria a quarta equipe a deixar a F-1 no período de um ano, quando Honda, BMW (que pode voltar) e Toyota se desligaram da categoria. A Bridgestone, que fornece pneus para as equipes, também anunciou sua saída após o encerramento da temporada 2010.
Em contrapartida, ingressaram na Fórmula 1 a Campos Racing, a Manor, a USF1 e a tradicional Lotus. A Qadbak-Sauber, antiga BMW Sauber, é outra que pode se favorecer da desistência da Toyota para entrar no grid.