Reinaldo Gueldini soltou os cachorros depois do coletivo do Brasiliense, ontem à tarde, no Serejão. O técnico do Brasiliense reclamou das recentes notícias sobre o Jacaré veiculadas na imprensa. Uma das queixas mais exasperadas foi em relação à reportagem sobre os mandos e desmandos do proprietário do clube, o senador cassado Luiz Estevão, publicada na edição de terça-feira do Correio. ;Vocês falam que quem passa por aqui reclama que o clube é uma bagunça. E os tantos jogadores que ligam querendo voltar?;, esbravejou Gueldini.
Questionado, porém, sobre os nomes dos atletas que gostariam de vestir a camisa amarela, o técnico esvaziou seu discurso ao se esquivar da resposta: ;Prefiro não citar nomes;, limitou-se a dizer.
Reinaldo Gueldini avisou: ;Agora, só vou falar quando achar necessário;, disparou. O técnico afirmou estar magoado com os jornalistas da capital. ;Vocês têm que nos dar moral. O Brasiliense é importante para o futebol local;, garantiu. Fato. O que não justifica, porém, fechar os olhos para as falhas apresentadas em campo e, principalmente, fora dele. Ele concluiu o episódio de revolta creditando aos veículos de comunicação uma conspiração para instalar uma ;nuvem negra; em torno do Jacaré. Uma nuvem que, talvez, tenha sido alimentada pelos maus resultados na Série B e por episódios protagonizados pelos integrantes da equipe. Na última quarta-feira, o volante Coquinho se exaltou com um jogador das categorias de base, depois de receber uma entrada violenta durante o treinamento.
Rebaixamento
Desde a goleada vergonhosa para o Atlético-GO (5 x 1), na última sexta-feira, os ânimos no Serejão andam exaltados. As calculadoras são acionadas mais do que nunca para identificar quantos pontos o Jacaré precisa para se livrar do rebaixamento. Apenas cinco pontos separam o time da zona da degola. O meia Iranildo, depois do treinamento de ontem, classificou o embate contra o Figueirense, amanhã, como o ;jogo da sobrevivência;.
Na tentativa de mudar o ímpeto da equipe que conseguiu tomar quatro gols em seis minutos, Gueldini testou várias formações, e deve começar o jogo de amanhã com uma alteração no ataque: sai Ricardinho para a entrada de Chimba. O jogador foi titular no início da Série B, mas caiu no esquecimento e não teve muitas oportunidades sob o comando de Reinaldo Gueldini.
Entenda o caso
Centralização do poder
Na última terça-feira, o Correio publicou uma matéria em que expôs a falta de estrutura do Brasiliense. Ex-jogadores e técnicos do Jacaré, como Alex Alves, Alex Oliveira, Flávio e Heriberto da Cunha, reclamaram da postura do dono do time, Luiz Estevão, além de revelar problemas financeiros da época em que vestiam a camisa amarela.