A polêmica criada entre as diretorias de Flamengo e Botafogo quanto à realização do clássico deste domingo no Engenhão afastou o público, que temia conflitos e confusão. Na vitória por 1 a 0 do rubro-negro, pelo Campeonato Brasileiro, pouco mais de 25 mil pessoas compareceram ao duelo, que teve carga de ingressos de 44 mil.
"Os números foram horrorosos", apontou Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo, em entrevista à Rádio Brasil. "Tirando impostos, acredito que não sobre nem R$ 200 mil para o Flamengo. Se fosse em outro lugar, os números seriam diferentes", continuou o dirigente, que defendeu a realização da partida no Maracanã, da mesma forma como ocorreu no primeiro turno do Nacional.
Na ocasião, 29.508 pagantes renderam a ambos os clubes R$ 499.403,00. Desta vez, em uma partida considerada importantíssima por ambos os lados - o Botafogo luta contra o rebaixamento e o Flamengo, pelo título -, apesar do fracasso de público, a renda foi bem maior: R$ 656.242,00.
"Houve uma penhora, como em outros jogos. Se fosse no Maracanã, a penhora acabaria, pois conseguiríamos recursos suficientes para cobrir o valor", reclamou Marcos Braz. Além disso, a diretoria rubro-negra deve arcar com os custos de manutenção pelos estragos causados pela massa rubro-negra - nos banheiros, torcedores arrancaram tampas dos vasos e urinaram no chão. Na arquibancada, quebraram cerca de 100 cadeiras.
Em Barueri - O próximo duelo do Flamengo está marcado para esta quarta-feira, às 21h50 (de Brasília), contra o Barueri, na Arena Barueri. De olho em mais público na partida fora de casa, o time cogitou um pedido de mudança de local para a capital paulista. O clube da Grande São Paulo, no entanto, descartou a hipótese.
"Chegamos a pensar em jogar no Pacaembu, mas o Barueri tem vários contratos de camarotes e até com a prefeitura. O campo lá também é muito bom e entendemos a decisão do time. É importante jogarmos no interior do estado de São Paulo para vermos nossa torcida lá", complementou Marcos Braz.