Favorito para suceder a Max Mosley na presidência da FIA, Jean Todt era visto com desconfiança por ter sido dirigente da Ferrari entre 1993 e 2009, mas sempre garantiu isenção caso viesse a ganhar a eleição. Quando isso aconteceu, nesta sexta-feira, curiosamente o francês recebeu os cumprimentos de dois grandes representantes da equipe: Luca di Montezemolo e Michael Schumacher.
Desde julho, mês no qual Todt confirmou que disputaria com o finlandês Ari Vatanen o comando da FIA, a Fota ( Associação de Times da Fórmula 1) procurou manter uma postura neutra quanto à briga. A partir do resultado da eleição em Paris, porém, o presidente da entidade e da Ferrari, Di Montezemolo, foi uma das primeiras pessoas a comemorar.
"Sempre apreciei seus compromisso, habilidade e dedicação", comentou o italiano, que também foi chefe imediato de Todt na Ferrari, time pelo qual o francês foi hexacampeão do Mundial de Construtores.
Grande crítico de Max Mosley, que deixará a FIA após 16 anos seguidos, Di Montezemolo também não perdeu a chance de 'cutucar' o britânico. "Tenho certeza de que, sob uma nova direção, a federação será rejuvenescida e restaurará um clima aberto ao diálogo e à colaboração com a Fota", concluiu.
Embora tenha buscado se manter alheio à Ferrari desde que, em março passado, Todt também viu seu nome ser ligado a Maranello por causa de Michael Schumacher. "Foi positivo, muito positivo", disse o alemão, que atualmente é consultor na escuderia e que nesta sexta acompanhou o colega na reunião da FIA em Paris.