Respaldado pelo apoio de Max Mosley e Bernie Ecclestone, Jean Todt confirmou os prognósticos e foi eleito o novo presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo). Nesta sexta-feira, o pleito em Paris foi decidido com facilidade em favor do francês, que recebeu 135 votos contra apenas 35 do finlandês Ari Vatanen.
Apesar da facilidade com que acabou definida a eleição, os meses que a antecederam foram bastante polêmicos nos bastidores do automobilismo. Apoiado publicamente por Mosley, Todt recebeu muitas críticas de Vatanen, que não se conformava com a interferência do britânico que presidia a FIA há 16 anos. Ao final, o ex-piloto finlandês, campeão do Mundial de rali (WRC) em 1981, foi mesmo derrotado.
Até o êxito desta sexta, o antigo chefe de equipe da Ferrari baseou sua candidatura em algumas palavras - trabalho de equipe, cooperação, inovação, acessibilidade e excelência - e prometeu também dar mais voz às varias federações, em especial aquelas com menos espaço como as sul-americanas. No total, a FIA tem 221 federações associadas de 132 países diferentes, com mais de 100 milhões de motoristas afiliados.
Ele também precisou superar a desconfiança por ter dirigido o braço esportivo da montadora italiana de 1993 a 2006, prometendo que julgaria as questões relativas à Fórmula 1 com independência. Na Ferrari, o francês foi ainda diretor geral e chefe-executivo, cargo que deixou em março deste ano.
Vencedor nato, Todt ajudou a Scuderia a faturar seis títulos consecutivos de construtores e cinco de pilotos, com Michael Schumacher, no início da década. Bem antes, o dirigente já havia brilhado no comando da Peugeot, pela qual ganhou dois títulos mundiais de rali em 1985 e 1986.