Com vantagem de 14 pontos sobre Rubens Barrichello na classificação da Fórmula 1, Jenson Button tem adotado a tática de "perseguir" com o companheiro de equipe nas últimas corridas a fim de não perder o título mundial. Precisando escapar disso no GP do Brasil, o brasileiro admite que não tem muito o que fazer para esconder sua estratégia e, assim, seguir com chances de se sagrar campeão.
"Até se eu quisesse é difícil fazer isso, porque ele vai lá e olha os dados, não precisa nem levantar. Funciona como um MSN, no qual os dados são inseridos no computador e já aparece na tela, tanto minha quanto na dele", explicou o piloto na quinta-feira, quando recebeu os jornalistas brasileiros para uma conversa no escritório da Brawn GP.
Na visão do piloto, o sucesso da Brawn GP na atual temporada se deve bem mais à competência dos funcionários do time que ao polêmico difusor, apontado por rivais no começo do ano como um elemento irregular no carro - o caso chegou a ser julgado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e a peça acabou liberada.
"Isso foi muito falado, mas na minha opinião, era o que menos fazia diferença. O Briatore falou que era um absurdo, mas quando ele colocou na Renault, não aconteceu nada", observou o vice-líder do Mundial.
Ele prevê que o time seguirá competitivo em 2010, mesmo com o fim do reabastecimento e a proibição do aquecimentos dos pneus com mantas térmicas. "A equipe sempre vai ter sucesso nas mãos do Ross Brawn. Ele é, talvez, o melhor profissional da atualidade", analisou.