Ricardo Paranhos e Rodrigo Carvalho são primos. Em 2004, os garotos, atualmente com 15 anos, decidiram entrar para uma escolinha de vela. Gostaram tanto do esporte que hoje levam a brincadeira a sério. De olho nas Olimpíadas de 2016, os brasilienses, que começaram na optimist, aproveitam o tempo até os Jogos do Rio de Janeiro para ganhar experiência em outras classes. O objetivo é descobrir em qual barco se adaptam melhor e têm chances de serem mais bem-sucedidos. Na tarde de hoje, eles estreiam em competições de snipe, pelo Campeonato do DF.
%u201CNós já tínhamos brincado antes de snipe, mas só treinamos para valer nesta semana%u201D, confessou Rodrigo, que exercerá a função de proeiro por ser o mais pesado. Ele ficará, assim, responsável pelo contrapeso. Apesar de admitirem que não estão tão bem preparados quanto outros velejadores que competirão neste fim de semana e que têm mais tempo na classe snipe, Rodrigo disse que a dupla se esforçará muito para ser competitiva. %u201CO básico da vela é igual em todos os barcos. O que muda é a regulagem, que você vai pegando aos poucos%u201D, explicou ele, que terminou 2008 em sétimo no ranking nacional de optimist.
Para o timoneiro Ricardo, não existe favoritismo entre os 40 participantes da regata. O melhor atleta optimist do Brasil e quinto do mundo torce, contudo, para que as condições climáticas favoreçam sua dupla. %u201CPara nós, que somos leves, muito vento prejudica. Já para quem tem uma tripulação mais pesada é melhor%u201D, argumentou Ricardo, que, com o primo, soma aproximadamente 110kg.
Na opinião de Ricardo, é preciso muito treino para conseguir ser o melhor atleta snipe do país. %u201CNo Brasil, essa classe é bem tradicional. Para chegar ao nível dos melhores é preciso aprender muita coisa, porque a snipe tem muitos detalhes, é bem técnica%u201D, avaliou.
Apesar de deixarem de velejar sozinhos na optimist e começarem a correr em dupla, os primos não se preocupam com o entrosamento. Com exceção das terças-feiras, quando têm aula no período da manhã e da tarde, eles costumam treinar diariamente, no período vespertino. Nos fins de semana, vão, ainda de manhã, para as águas do Lago Paranoá. %u201CÉ só um pegar o ritmo do outro. O resto fica fácil%u201D, acredita Ricardo. De acordo com a dupla, a dedicação quase que exclusiva à vela vale a pena. %u201CÉ divertido%u201D, resumiu Rodrigo, com a concordância do primo.
Serviço
Campeonato do DF da Classe Snipe
Dias: 17, 18, 24 e 25 de outubro
Largadas: aos sábados, às 14h, e aos domingos, às 9h30
Local: raia norte, em frente ao Iate Clube de Brasília