Ronaldo marcou um gol e deu passe para outro na vitória do Corinthians sobre o Grêmio por 2 x 1, mas também chamou a atenção por supostamente ter pedido um cartão amarelo, que seria o seu terceiro consecutivo no Campeonato Brasileiro, ao árbitro Nielson Nogueira Dias. Envolvido na polêmica, o apitador da partida explicou o lance em contato por telefone nesta terça-feira.
"Não teve pedido nenhum. No retorno para o segundo tempo, realmente o Ronaldo chegou para mim e perguntou: 'O que eu faço para levar um cartão amarelo'. Ele fez esta pergunta, eu o ignorei e virei para o meio do campo para reiniciar a partida. Um jogador do Grêmio (Túlio) deve ter escutado a pergunta do Ronaldo e acabou entendendo errado", apontou Nielson Nogueira Dias.
O árbitro da partida do último sábado, porém, não considerou a pergunta de Ronaldo. E disse que se o corintiano houvesse efetivamente pedido para receber o cartão amarelo, teria motivo para advertir o Fenômeno naquele momento.
"Se eu considerasse aquilo como um pedido, eu poderia ter dado um cartão amarelo para ele na hora, mas como forma de punição", considerou o árbitro da Federação Pernambucana de Futebol.
Na súmula da partida, Nielson Nogueira Dias justificou o cartão amarelo dado a Ronaldo aos dez minutos do segundo tempo com o argumento de que o jogador retardou o reinício do jogo. Contudo, no lance em questão, o camisa 9 foi punido por cobrar uma falta rapidamente e sem autorização do árbitro. Segundo o apitador, isso não implica em uma contradição.
"Pelo fato de o placar naquele momento ser favorável ao Corinthians e ele ter desobedecido uma ordem da arbitragem (de só cobrar a falta quando fosse autorizado), eu considerei como um retardamento do reinício da partida", justificou Nielson Nogueira Dias, que se mostrou surpreso com a repercussão do cartão amarelo dado ao Fenômeno.
"Eu não sabia que o Ronaldo estava com dois cartões amarelos e não sabia que o próximo jogo do Corinthians seria distante da cidade dele (no Recife, contra o Sport). Só tomei conhecimento da situação depois que eu li na imprensa", esclareceu.