Segundo colocado no Grande Prêmio de Cingapura do ano passado, manipulado pela Renault para beneficiar o espanhol Fernando Alonso, o alemão Nico Rosberg está satisfeito com as punições aplicadas pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para os envolvidos no escândalo.
O italiano Flavio Briatore, então chefe da equipe francesa, foi banido e o engenheiro Pat Symonds pegou um gancho de cinco anos. Por denunciar o caso, o brasileiro Nelsinho Piquet acabou poupado mesmo após bater o carro de forma proposital para provocar a entrada do safety car e beneficiar Alonso, seu companheiro na Renault.
"Em todas as áreas acontecem coisas desse tipo, como nos negócios. No esporte, é a mesma coisa. Tem muito dinheiro envolvido e muitos interesses. Duas pessoas foram banidas e o Nelsinho foi poupado por divulgar o caso. É compreensível. A vida continua, temos que virar a página", disse Rosberg nesta terça-feira, em São Paulo.
Nelsinho Piquet não recebeu qualquer tipo de punição e fala abertamente que seu principal objetivo é retornar à Fórmula 1. No entanto, ele deve encontrar dificuldades para voltar após o escândalo de manipulação de resultado. O fracasso do brasileiro em sua segunda temporada na categoria surpreende Rosberg.
"Ele é um bom piloto e lembro dele na GP2. Não sei explicar porque não deu certo. O primeiro ano é sempre difícil, mas ele estava em uma situação pessoal difícil com a equipe e na disputa com o Alonso. Ele também já teve uma segunda chance e não deu certo. Chato para ele", analisou o alemão.
Apesar de aprovar a absolvição de Nelsinho Piquet pela marmelada, Rosberg condena a atitude do piloto brasileiro. "É algo que nunca passaria pela minha cabeça e nem pela equipe", disse. O alemão não confirmou, mas deve trocar de lugar com o brasileiro Rubens Barrichello na próxima temporada e pilotar pela Brawn GP.