Uma das mulheres mais rápidas do mundo dentro d'água, Federica Pellegrini recebeu um duro golpe. Nesta segunda-feira, o treinador da italiana, Alberto Castagnetti, morreu aos 66 anos com problemas cardíacos em Arbizzano, na província de Verona.
Comovida, a atual campeã olímpica (nos 400 metros livres) e bimundial (na mesma prova e nos 200 m) encontrou-se nesta terça com outros atletas italianos no Centro de Treinamento de Verona, onde mora. Além de ter sido técnico de Pellegrini, Castagnetti comandou entre 1987 e 2009 toda a seleção do país de natação.
Embora tenha se recusado a conversar com os jornalistas, a tristeza de Pellegrini pela morte do treinador ficou evidente nas palavras da mãe da atleta, Cinzia Leonello. "Federica ficou desesperada", disse ela, que acabou indo a Verona para dar apoio a filha.
Em sua autobiografia, a nadadora de 21 anos atribuiu grande parte de seu sucesso recente exatamente a Castagnetti. "Com ele todas as metas são alcançáveis. Dá-me serenidade, faz-me rir, faz-me estar bem. Sabe tirar o máximo de mim", escreveu.
O histórico técnico italiano, que como atleta participou dos Jogos Olímpicos de 1972, havia se submetido a uma cirurgia no coração apenas quatro dia antes de sua morte. "Ele estava um pouco preocupado pelas complicações pós-operatórias, mas não via a hora de voltar a trabalhar", apontou seu assistente na seleção italiana, Federico Bonifacenti.