Com o grupo brasileiro quase fechado para a Copa do Mundo da África do Sul, cada minuto em campo conta para convencer o técnico Dunga de que seus passaportes também merecem ser carimbados para 2010. Pelo menos é isso o que pensam alguns jogadores que não têm vaga cativa no coração do treinador.
Depois de participarem de meio tempo na derrota para a Bolívia, neste domingo, em La Paz, o atacante Diego Tardelli e o meio-campista Alex, que substituíram Adriano e Diego Souza, respectivamente, esperam ter nova oportunidade de mostrar serviço diante da Venezuela, quarta-feira, em Campo Grande.
"Ter oportunidades na seleção brasileira é sempre maravilhoso, não tem como falar que é ruim isso aqui. Procuramos fazer o melhor na medida do possível. Queremos sempre mais e saímos satisfeitos, mas não pelo resultado, porque perder de 2 x 1 ninguém quer", filosofou o ex-colorado Alex, hoje no futebol russo.
Tardelli, que entrou na vaga do lesionado Adriano e participou da jogada do gol de Nilmar, além de mostrar boa movimentação, sabe que sua briga por um lugar no ataque que vai à Copa é difícil, mas não desanima. E já foca também sua presença no Mundial que será realizado no Brasil, em 2014.
"Ainda não tive oportunidade de jogar 90 minutos, quem sabe possa entrar (contra a Venezuela), mas estou tranqüilo. O mais importante é estar aqui, pois, pra mim, é tudo novo. A Copa seria um sonho realizado, mas, se não der, estarei mais preparado para a Copa que será no Brasil".
Experiente e confirmado no grupo que irá à África do Sul, Júlio César reconheceu que o último teste para a dupla foi complicado, mas aprovou os jogadores na altitude de La Paz e os aconselhou a sonhar até o fim em carimbar seus passaportes.
"Jogar em La Paz todos sabem que é muito complicado, mas acho que todos aproveitaram da melhor maneira. O Dunga vai avaliar a condição destes jogadores, pois a gente sabe que aqui não dá para exigir 100%", finalizou.