Se no futebol até hoje não existiu ninguém melhor do que Pelé, proclamado o Atleta do Século 20, fora dos gramados, Edson Arantes do Nascimento não é tão 'rei' assim. Pelo menos quando o assunto é bandeirada final de um Grande Prêmio de Fórmula 1. Palavra de Carlos Montagner, diretor de prova do GP Brasil há 15 anos e especialista no assunto.
[SAIBAMAIS]Depois de ter Pelé ao seu lado na edição de 2002 da prova e ver o melhor jogador de futebol de todos os tempos 'esquecer' de dar a bandeirada ao alemão Michael Schummacher, Montagner comemorou o fato de o piloto Felipe Massa ter sido convidado por Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da categoria, para agitar a flâmula quadriculada ao ganhador deste ano.
"O Massa é são-paulino, eu sou palmeirense. Acredito que nos daremos bem. Com certeza será melhor do que foi com um santista", gargalhou, lembrando da inesquecível gafe cometida por Pelé há sete anos.
Brincadeiras à parte, o diretor de provas do GP Brasil garantiu que será uma honra ter o piloto da Ferrari ao seu lado na prova do próximo dia 18 de outubro. E espera que Felipe Massa possa voltar ao cockpit o mais rapidamente possível para fazer o que mais gosta.
"Eu já havia sugerido que o Titônio (pai de Felipe Massa) desse a bandeirada no ano passado, mas não aprovaram. Achei muito importante esse convite e uma grande homenagem não só ao Felipe, mas a todos os brasileiros. Será uma satisfação estar ao seu lado", assegurou.
Dentre tantas experiências que já vivenciou na linha de chegada do Autódromo José Carlos Pace, Montagner não deixou passar uma das mais belas, literalmente, de sua carreira como diretor de prova, exatamente dois anos após a hilária situação com Pelé.
"A Gisele Bundchen teve a responsabilidade de dar a bandeirada ao ganhador do GP Brasil de 2004 (Juan Pablo Montoya, da Williams) e foi muito bem. Espero que o Felipe também se saia bem. Só não vou pegar na mão dele na hora, como fiz com a Gisele", concluiu, sem conseguir segurar o riso.