Jornal Correio Braziliense

Superesportes

Golfe brasileiro vibra com inclusão olímpica

O golfe voltará a ser uma modalidade olímpica nos Jogos do Rio 2016. E a Confederação Brasileira de Golfe (CBG) comemorou a inclusão do esporte, que deverá ser fomentado por novos praticantes nos próximos sete anos. A CBG estima que já existem 25 mil praticantes do golfe no Brasil, número que deve crescer em quantidade e qualidade. "Há muito trabalho a fazer em prol do crescimento do golfe brasileiro", projetou Rachid Orra, presidente da confederação. "Mas esse é um dos melhores presentes que o golfe brasileiro recebeu em mais de 100 anos de história no país", comemorou. [SAIBAMAIS]A última participação do golfe em Jogos Olímpicos foi há mais de 100 anos: em 1904, em Saint Louis (EUA) o canadense George Lyon levou a última medalha dada para um competidor da modalidade. Apesar da hegemonia do norte-americano Tiger Woods, Orra crê que o esporte pode melhorar ainda mais no Brasil e se tornar competitivo. Há dez anos existiam apenas oito mil praticantes, número que triplicou neste período. "Já estávamos crescendo num ritmo muito bom, mas o potencial de crescimento do golfe no Brasil é gigantesco. O fato de ter virado um esporte olímpico ajudará muito nesse processo", comentou Rachid Orra. "Com novos investimentos e verbas que acompanharão essa decisão poderemos trazer know-how de professores e novas técnicas do exterior, incentivar ainda mais a participação de nossos juvenis em torneios no exterior e estimular a criação de centros de treinamento no Brasil", analisou. "Isso sem contar que o brasileiro certamente passará a conhecer mais o esporte graças à grande mídia e o esporte crescerá como um todo", completou. A Federação Internacional de Golfe (IGF, na sigla em inglês) propôs ao COI uma disputa de stroke play em 72 buracos, sendo 18 buracos por dia, num torneio de quatro dias, com 60 homens e 60 mulheres. Terão vaga nos torneios os 15 primeiros colocados nos rankings mundiais masculino e feminino, independentemente da nacionalidade. Como o Brasil será sede das Olimpíadas de 2016, espera-se que os golfistas brasileiros tenham vaga garantida na disputa. "Poderemos investir na capacitação de profissionais brasileiros, incentivar a participação desses atletas em torneios no exterior e fortalecer os torneios profissionais no Brasil", acrescentou Rachid. "Quanto à popularização do esporte, será possível incentivar a criação de campos públicos e semi-públicos e divulgar cada vez mais o golfe e seus benefícios para todos os brasileiros", disse presidente da CBG, que lembrou que já existem 110 campos no país.