Agora é para valer. Depois de passar sem sustos pela primeira fase, o Brasil tem um clássico sul-americano pela frente nas oitavas de final do Mundial sub-20. Nesta quarta-feira, a partir das 11h30 (de Brasília), as jovens revelações do país medem forças com o Uruguai no estádio Port Said.
Enquanto o time canarinho está atrás do pentacampeonato no Egito, a Celeste no máximo chegou a ser vice-campeã da categoria, em 1997. Mas motivos não faltam para que o Brasil não seja apontado como favorito, a começar pelos dois equilibradíssimos duelos que os arquirrivais protagonizaram no Sul-americano do início do ano.
Na primeira fase do torneio que definiu as vagas do continente no Mundial, o Uruguai superou a equipe do técnico Rogério Lourenço por 3 x 2. O Brasil deu o troco no hexagonal final, mas com um suado triunfo pelo mesmo placar, e acabou com o título da competição.
Em solo egípcio, os dois times também guardam semelhanças, já que terminaram a primeira fase com sete pontos. O Uruguai bateu Inglaterra e Uzbequistão e empatou com Gana, avançando como segundo do grupo B. Já os brasileiros foram campeões da chave E ao levarem a melhor ante Austrália e Costa Rica e ficarem no 0 x 0 com a República Tcheca.
Para completar, serve de exemplo para o Brasil a Espanha. Dona da melhor campanha da primeira fase, a Furiazinha chegou como favorita absoluta para o clássico europeu contra a Itália nas oitavas. Mas a Mini-Azzurra provou que favoritismo não entra em campo e mandou o rival mais cedo para casa com uma vitória por 3 x 1.
"A vitória da Itália contra a Espanha deve servir de lição. Os jogadores não podem achar que são favoritos", alertou Lourenço. "Contra o Uruguai é decisão e os jogadores têm consciência disso. É um time bom e perigoso, como vimos no Sul-americano. Temos de jogar com o máximo de atenção. A parte técnica e tática conta, obviamente, mas a partir de agora o importante é ter cabeça no lugar e vontade de vencer", completou.
Depois de poupar oito titulares contra a Austrália, já que a equipe garantiu a classificação com antecedência, o treinador terá a sua força máxima à disposição no clássico. Já seu colega uruguaio, Diego Aguirre, terá o desfalque do meia Gastón Ramírez, suspenso pelo segundo cartão amarelo.
"Vai ser um jogo muito complicado, mas acredito em meus jogadores", avisou Aguirre. "Aprendemos muito com os dois jogos que disputamos contra o Brasil no Sul-americano. Eles talvez sejam favoritos, mas não temos medo deles".
Quem levar a melhor no clássico sul-americano encarará nas quartas de final do Mundial o vencedor de Alemanha x Nigéria, que se enfrentam nesta quarta-feira em Suez.
FICHA TÉCNICA
BRASIL X URUGUAI
Local: Estádio Port Said, em Port Said (Egito)
Data: 7 de outubro de 2009, quarta-feira
Horário: 11h30 (de Brasília)
Árbitro: Marco Rodríguez (México)
Assistentes: Jose Luis Camargo e Alberto Morin (ambos do México)
BRASIL: Rafael; Douglas, Rafael Tolói, Dalton e Diogo; Souza, Maylson, Paulo Henrique Ganso e Giuliano; Alex Teixeira e Alan Kardec
Técnico: Rogério Lourenço
URUGUAI: Martin Rodríguez; Marcelo Silva, Adrián Gunino, Leandro Cabrera e Sebastián Coates; Maximiliano Calzada, Tabaré Viudez, Nicolás Lodeiro e Mauricio Pereyra; Abel Hernández e Santiago García
Técnico: Diego Aguirre