Desde o início da temporada, Serena Williams atacou por diversas vezes o sistema de pontuação do ranking feminino, que privilegiava Dinara Safina em vez da tenista vencedora de três dos últimos cinco Grand Slams. A partir desta terça-feira, a atual campeã de Wimbledon e do Aberto da Austrália não tem mais do que reclamar, visto que arrasou a russa Ekaterina Makarova por 6/3 e 6/2 no Torneio de Pequim e confirmou ser de novo a número um do mundo.
Atleta que já colecionou 11 Slams em toda a carreira, contra nenhum de Safina, a norte-americana vem ironizando com constância esse cenário, sendo que depois de 20 de abril, quando a russa assumiu pela primeira vez a ponta da lista da WTA, chegou a cravar: "Todos sabem quem é realmente a melhor".
Demorou mais seis meses, e finalmente Williams pode enfim se considerar a número um oficialmente. Como a russa foi derrotada nesta segunda-feira na China pela local Shuai Zhang, 226 do planeta, por 7/5 e 7/6 (7-5), bastava um triunfo para Serena voltar ao topo. E ele veio com tranquilidade diante de Makarova, batida em apenas 63 minutos.
"Não quero colocar muita pressão sobre mim mesmo, e estava muito relaxada em quadra", afirmou a ianque, que ultrapassará Safina no ranking a ser divulgado na próxima segunda-feira. Nessa data, chegará à 73ª semana da carreira como a líder. "Acho que mereci isso e agora quero me manter especialmente para Doha, que é meu principal objetivo", emendou ela, em referência à Masters feminina, cujo início está marcado para 27 de outubro.
Em Pequim, Serena encerrou um período de três semanas afastada das quadras, pois não atuava a partir da polêmica derrota para Kim Clijsters nas semifinais do Aberto dos Estados Unidos. No piso rápido chinês, já conseguiu duas vitórias e encara nas oitavas de final a russa Nadia Petrova ou a eslovaca Daniela Hantuchova.