Jornal Correio Braziliense

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Olimpíadas 2016: Hora de relaxar, mas só um pouco

Em reunião com o Comitê Internacional, dirigente brasileiro é aconselhado a descansar. Porém amanhã o presidente do COB já estará de volta a Copenhague para definir o programa dos Jogos

Enviado especial Copenhague - Ainda na crista da onda da vitória do Rio na 121ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI), que na sexta-feira garantiu a eleição do Rio para os Jogos de 2016, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, realizou ontem a primeira reunião com o COI, na condição de homem que encabeçará a organização das Olimpíadas daqui a sete anos. [SAIBAMAIS]Ao contrário do que imaginam muitos, a ordem do COI não foi começar os trabalhos imediatamente. "A primeira coisa que eles nos aconselharam foi relaxar", relevou Nuzman, que embarcou ontem para o Rio de Janeiro, mas retornará a Copenhague amanhã (ficará apenas um dia no Brasil) para participar do Congresso do COI, onde é um dos votantes das duas modalidades olímpicas que entrarão como novidade nos Jogos de 2016. Nuzman adiantou que votará a favor do rúgbi e do golfe. Em novembro, na capital fluminense, o Comitê de Organização Rio-16 e os cartolas do COI realizam uma nova rodada de conversações. Na entrevista coletiva que concedeu ontem, Nuzman disse que cogita escrever um livro contando todos os bastidores da saga e do trabalho que levou o Brasil e o Rio a se tornarem os primeiros na América do Sul em toda a história a conquistar o direito de sediar uma olimpíada. O dirigente também garantiu que torceu "mais do que ninguém" para que o presidente dos EUA estivesse em Copenhague. Segundo ele, a vitória do Brasil seria outra, se Barack Obama não estivesse presente e muitos diriam que o Rio só teria vencido por conta disso. Volta para casa Praticamente toda a delegação brasileira que trabalhou na vitoriosa campanha olímpica embarcou ontem rumo à Cidade Maravilhosa. Lobby foi decisivo Outro ponto interessante da entrevista foi a revelação de Nuzman de que as intermináveis visitas aos membros do COI feitas nos últimos anos (ele rodou o mundo para isso) de fato surtiram o efeito desejado. O dirigente revelou que, antes das eleições, após a última visita a um dos eleitores antes da Sessão em Copenhague, uma projeção de votos havia sido feita pela equipe do Rio-2016, indicando que o resultado final seria 67 votos para o Rio e 33 para Madri. Na sexta-feira histórica que garantiu os Jogos para o Rio, a fase final, entre as duas cidades, foi encerrada com 66 votos para o Brasil e 32 para a Espanha. Dois eleitores faltaram à votação.