Luiz Roberto Magalhães
Enviado especial
Copenhague ; Gustavo Kuerten confessou que chorou. A ex-jogadora de vôlei de praia Adriana Behar também. E como os dois, muitos outros foram às lágrimas durante a apresentação brasileira na 121; Sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI), que decidirá, daqui a pouco, em qual cidade serão realizadas as Olimpíadas de 2016.
E se Pelé é a principal estrela brasileira na Dinamarca e um dos nomes mais populares do evento, talvez abaixo apenas do presidente Barack Obama, que passou somente algumas horas na cidade, o Rei do Futebol admitiu que, como os outros, se emocionou. ;Quem me conhece sabe que eu sou um chorão;, declarou. ;Talvez só exista um atleta que chore mais do que eu, o Oscar;, brincou, ao dizer que não resistiu à emoção da apresentação brasileira.
[SAIBAMAIS]
No Bella Center, em Copenhague, cresce a expectativa pelo anúncio, a partir das 13h30 (horário de Brasília), da cidade vencedora. Rio, Chicago, Tóquio e Madri estão no páreo e, pelo menos entre a imprensa mundial, a capital carioca é a mais cotada e acumula maior parte da preferência das opiniões. Uma jornalista dinamarquesa, que torce para que o Rio vença, contou que o dinamarquês Kai Holm, ex-membro do COI, disse que acredita na vitória brasileira.
Até a imprensa norte-americana parece ter se rendido. O Times Online cravou em sua página: Lula pips Obama in battle of presidents at vote for 2016 Olympic Games (Lula bate Obama na Batalha dos presidentes por votos para as Olimpíadas de 2016), exaltando que a performance do estadistas brasileiro em seu discurso foi superior à do representante dos Estados Unidos.
Os atletas da delegação nacional permanecem no Bella Center até o anúncio da sede de 2016. A imprensa, entretanto, não tem acesso à sala em que eles aguardarão o resultado. O presidente Lula não está mais no local e partiu para seu hotel, o Nimb, onde deverá acompanhar o anúncio da vencedora. Ele retornará ao Bella Center se o Rio vencer.
Em caso de vitória brasileira, o país assina o contrato olímpico e haverá em seguida uma entrevista coletiva. Depois, os brasileiros participarão do coquetel de encerramento no Bella Center e, então, partem para o Hotel SKT Petri, onde a festa promete varar a madrugada dinamarquesa e invadir as ruas do Rio de Janeiro e a praia de Copacabana, onde cerca de 100 mil pessoas são esperadas para celebrar. Hoje é ponto facultativo na capital carioca, que torce pelo direito de sediar os Jogos.