O ditado diz que treino é treino e jogo é jogo. No caso do Brasil no Sul-americano feminino de vôlei, treino é jogo e jogo é treino, tamanha é a facilidade com que as vitórias são conquistadas em Porto Alegre. O time de José Roberto Guimarães superou nas duas primeiras rodadas o Paraguai e o Uruguai, sempre por 3 x 0, com os dois jogos beirando a uma hora de duração. Pouco para quem está acostumado a ralar diante de russas, americanas, chinesas e italianas "Nosso treino é mais forte do que esses dois jogos", comentou a levantadora Dani Lins.
A declaração de Dani pode soar pretensiosa, mas não é. A realidade é essa mesmo. Nos treinos, as jogadoras levam pancada atrás de pancada. No Sul-americano, são erros bobos em quantidade abismal das adversárias. A superioridade brasileira é tão grande, que peruanas e uruguaias deixaram a quadra sorridentes, pois nada podiam fazer. A atletas do Paraguai chegaram a posar para foto ao lado das brasileira.
"É bom que não cansa", brincou a ponteira Natália ao falar das facilidades. "Pelo nosso nível, o treino é muito forte, mas no jogo tem aquela coisa da adrenalina, temos que tentar ficar concentradas", complementou.
As duas vitórias garantem o Brasil na semifinal, no sábado. Antes, na sexta, o fechamento do Grupo A diante da Argentina. O vencedor do duelo será o primeiro colocado da chave.
"Amanha no jogo contra a Argentina devemos ser mais exigidos", declarou Zé Roberto. Pelo apresentado até aqui, a final do torneio deverá ser entre as brasileiras e as peruanas. "O Peru é um adversário difícil. É o nosso maior adversário no continente", declarou o treinador. Nos seus dois primeiros jogos, o Peru bateu a Colômbia e o Chile.