Consciente de que a manipulação do resultado da edição 2009 do Grande Prêmio de Cingapura complicou suas chances de permanecer na Fórmula 1 no ano que vem, Nelsinho Piquet já admitiu correr na IndyCar Series "até a poeira baixar". Ele, entretanto, pode acabar ganhando uma chance na Manor GP, que estreará na categoria bancada pelo Virgin Group.
Homem que fundou a Manor em 1990 e levou a equipe a ser vice-campeã da Fórmula 3 Europeia em 2006 e 2007, John Booth elogiou Nelsinho nesta sexta-feira. Em entrevista ao jornal britânico Yorkshire Post, o dirigente classificou o brasileiro de 24 anos como "um pequeno grande piloto", indicando que o jovem pode abandonar a ideia de competir provisoriamente nos Estados Unidos.
Booth, de qualquer forma, garante ainda não ter falado com o filho de Nelson Piquet sobre um possível contrato. Enquanto ainda fecha seu orçamento visando ao Mundial, o britânico não tem pressa para definir a dupla de pilotos titular, o que deve ocorrer somente em novembro. "Não tenho problemas pessoais com ele, mas não é clara como está sua situação a respeito de patrocínios", emendou, admitindo que a capacidade de trazer dinheiro à equipe será decisiva para a contratação do ex-integrante da Renault.
Além de Nelsinho, a Manor estuda pelo menos mais três opções, segundo confidenciou seu dono ao Yorkshire Post. São eles o inglês Anthony Davidson, ex-Minardi e BAR, o austríaco Christian Klien, atual testador da BMW, e o norte-irlandês Adam Carrol, campeão da A1GP. "É sensacional a quantidade de pilotos disponível", avaliou.
Sem querer se precipitar na escolha dos nomes, Booth está otimista quanto a um bom desempenho em 2010. "O desenvolvimento do carro está progredindo bem", afirmou ele. Para o ano da estreia na Fórmula 1, a equipe pode até ser rebatizada de Virgin F1, visto que um acordo com o empresário Richard Branson, que vinha patrocinando a Brawn GP, já foi construído - o anúncio oficial deve sair em 4 de novembro.