Nesta segunda-feira, Max Mosley tomou uma de suas últimas atitudes como presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo). Com data marcada para deixar o cargo em 23 de outubro, o britânico considerou justo não punir imediatamente a Renault devido ao acidente intencional de Nelsinho Piquet, visto que a montadora não tinha "responsabilidade moral" sobre o caso.
[SAIBAMAIS]Segundo as investigações conduzidas pela entidade, apenas "dois homens" planejaram a manipulação do resultado em Cingapura, explicou Mosley nesta terça-feira. "Recebeu a culpa quem merecia", apontou, em referência aos banimentos de Flavio Briatore (válido por tempo indeterminado) e Pat Symonds (por cinco anos).
A Renault, na verdade, até acabou exclusa por duas temporadas, mas sua punição foi suspensa porque a cúpula da fábrica francesa não tinha conhecimento sobre as atitudes de Briatore, Symonds e Nelsinho. "Nós culpamos a ramificação malvada da marca. Acho a decisão certa, e a Fórmula 1 continuará forte", garantiu o presidente da FIA>
Se Mosley se disse satisfeita pela medida tomada, esta não agradou em nada a Damon Hill. Campeão mundial de 1996, o também britânico a definiu como uma "verdadeira lástima" para o esporte. "Temos de analisar que o modo como a FIA tem tratado as quebras do regulamento é inconsistente. A Fórmula 1 tem de se perguntar a si mesmo: é um esporte de verdade ou apenas uma forma muito cara de entretenimento?", reclamou ao jornal The Times o ex-piloto, lembrando que em 2007 a McLaren já havia saído praticamente ilesa de um escândalo de espionagem.