PARIS - A escuderia Renault F1 foi condenada a dois anos de suspensão sem cumprimento da pena pelo Conselho Mundial de Automobilismo nesta segunda-feira (21/9) em Paris, pelo caso de armação no Grande Prêmio de Fórmula 1 de Cingapura-2008.
Já o italiano Flavio Briatore, ex-diretor da escuderia de Fórmula 1 Renault, foi suspenso por toda a vida pelo Conselho Mundial de Automobilismo, anunciou a Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
Ao fim dos depoimentos desta segunda-feira em Paris, o Conselho Mundial decidiu punir Briatore, que deixou a Renault no dia 16 de setembro, com a pena mais dura.
Já a Renault, que poderia ter sido banida da Fórmula 1, saiu no lucro com uma pena de suspensão com sursis, que mantém a empresa na categoria. A escuderia não poderá cometer nenhuma falta grave no período de suspensão para não ser expulsa da categoria.
O Conselho Mundial da FIA ouviu nesta segunda-feira em Paris os protagonistas do escândalo do GP de Cingapura de 2008.
[SAIBAMAIS]Histórico
A Renault F1 foi acusada de armação por ter ordenado ao piloto brasileiro Nelsinho Piquet que provocasse um acidente para facilitar a vitória do companheiro de equipe, o espanhol Fernando Alonso.
O caso aconteceu em 28 de setembro de 2008 em Cingapura, quando Nelsinho Piquet provocou um acidente a pedido dos dirigentes da equipe, segundo a acusação do próprio piloto.
Alonso, que largou em 15; em Cingapura, entrou nos boxes no início da prova, pouco antes de Nelsinho Piquet ter batido contra um muro e provocado a entrada na pista do safety car. Alonso, aproveitando que os demais pilotos pararam nos boxes, ganhou várias posições, assumiu a liderança e venceu a prova.
Como estava previsto, compareceram ao Conselho Mundial Piquet e Alonso, além do presidente da Renault F1, Bernard Rey.
Briatore e o até semana passada diretor técnico da escuderia, Pat Symonds, acusados de dar ordem ao brasileiro, não compareceram. Os dois foram demitidos da Renault F1 no dia 16 de setembro.