Encarar o calor e a bateria de lutas na capital matogrossense não foi fácil. Karina treinou três horas por dia, de segunda a sábado, e ainda pegou pesado na musculação. ;Além disso, fizemos uma preparação específica para nos preparamos para o calor de Cuiabá. Nas três semanas antes da competição, íamos três vezes por semana ao Parque da Cidade, ao meio dia, para treinarmos. Foi bom para me acostumar com o que encontraria na viagem. Quase não suei durante as lutas;, revela.
Além disso, para seu titchagui sair perfeito, ela treinou mais de 400 chutes por dia. ;É difícil encontrar mulheres para treinar com a Karina. A maioria do treino dela é feito com homens, o que a deixa mais forte;, garante seu irmão e ajudante, Thiago Sampaio. ;Treinar com eles me deixa um pouco fora da realidade, mas é bom porque chego mais forte. Os meninos não pegam leve comigo e por isso entro mais bem preparada nas lutas;, acrescenta a lutadora.
Karina precisou ganhar da paulista Mariana Kaminagakura, da catarinense Maristela Mulaski e da mineira Lorena Katlen de Oliveira para trazer o título de volta ao Distrito Federal. A última conquista de uma atleta local tinha acontecido 2006, quando Leiliane Pires foi campeã. Neste ano, ela levou a medalha de bronze.
Agora, Karina se prepara para a pré-seletiva olímpica, nos dias 4 e 5 de dezembro, em Santos (SP). Os dois primeiros colocados do torneio vão para a seletiva fechada para compor a Seleção Brasileira de taekwondo no Mundial de 2010.
Quem é ela
Nome: Karina Sampaio Silva
Idade: 19 anos (2/5/1990)
Altura: 1,73m
Peso: 65kg
Categoria: 62kg a 67kg
Começo: aos 14 anos, por incentivo do irmão, o também lutador Thiago Sampaio
Principais títulos:
; campeã do Brasil Open (2007);
; bronze no Campeonato Brasileiro e na Copa
Brasil (2008);
; campeã brasileira (2009)
Pontuação
1 ponto
; chute no tórax
; soco no tórax
2 pontos
; chute giratório
3 pontos
; chute na cabeça
Novidades tecnológicas
A partir do próximo ano, o taekwondo adotará os mesmos recursos tecnológicos da esgrima. Além de colocar chips nas luvas e nos pés dos lutadores, para controlar o número de socos e chutes, serão implantados sensores nos coletes para conseguir ter mais precisão na hora de avaliar os pontos