O defensor, que acertou contrato com o Peixe até o final de 2012, atendeu a reportagem da Gazeta Esportiva.Net e falou sobre as suas expectativas na chegada ao novo clube e seus planos para o futuro. Confira o bate-bola com o novo reforço alvinegro:
GE.Net - De que forma aconteceu este acerto com o Santos? Outros clubes chegaram a formalizar propostas pelo seu futebol?
Edu Dracena - A negociação foi um pouco longa. Durou quase um mês. Mas graças a Deus deu tudo certo com o Santos, que foi o único time que me procurou com uma proposta concreta de trabalho. De resto, recebi apenas sondagens para treinar (São Paulo e Palmeiras), para terminar o meu tratamento (contusão no ligamento cruzado e colateral medial do joelho direito) e depois acertar.
GE.Net - Qual é a sua expectativa nesta chegada ao Santos?
Edu Dracena - A expectativa é muito grande. Estou ansioso para vestir a camisa do meu novo clube e começar a trabalhar junto com os meus novos companheiros. Espero retribuir toda esta confiança que tem sido depositada pela diretoria e pelo professor Luxemburgo, com muito trabalho, dedicação e títulos.
GE.Net - Como você espera ser recebido pelo grupo de jogadores? Está preparado para as brincadeiras dos jogadores mais novos do elenco?
Edu Dracena - Fiquei sabendo disso já (risos). Mas comigo não tem problema. Eu também sou um cara brincalhão. É bom esse tipo de coisa, porque isso mostra que o pessoal gosta de você. O pior é quando ninguém brinca. Além disso, já tive a oportunidade de trabalhar com alguns jogadores que estão no Santos atualmente. Joguei com o Luizinho no Cruzeiro e o Rodrigo Souto, em uma seleção brasileira que participei. Também atuei com o Adaílton, quando participamos do Pré-olímpico (de 2004, disputado no Chile).
GE.Net - Qual o seu principal objetivo nesta volta ao futebol brasileiro?
Edu Dracena - Um dos meus objetivos é disputar uma Copa do Mundo com a camisa da seleção brasileira. Por isso, jogar no futebol brasileiro é muito melhor do que no futebol turco. É o caminho inverso de olho na Copa do Mundo. Mas sei que antes disso tenho que me recuperar da minha lesão. Quero voltar a jogar o futebol que eu vinha apresentando antes. Aí sim, poderei fazer o meu melhor para ajudar os meus companheiros de Santos e brigar por uma vaga na seleção. A gente sabe que é difícil, porque o grupo está praticamente fechado, mas acredito que tenho condições de brigar por um lugar neste grupo.
GE.Net - Você passou por uma cirurgia no joelho (ligamento cruzado e colateral medial do joelho direito), como está a sua recuperação e em quanto tempo você acredita que poderá estar à disposição do técnico Vanderlei Luxemburgo?
Edu Dracena - A gente está na parte final da recuperação, com trabalhos físicos e técnicos. O trabalho de fisioterapia tem sido muito bem feito. Você não vê igual na Europa, apesar do dinheiro que eles têm. Espero daqui a duas semanas estar participando de treinamentos coletivos e creio que dentro de um mês estarei à disposição. É o tempo que eu espero estar pronto, para poder ajudar o Santos. Também estou ansioso para poder voltar a jogar logo.
GE.Net - Você e o técnico Wanderley Luxemburgo tiveram uma parceria de sucesso no Cruzeiro, em 2003, com a conquista da Tríplice Coroa (Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Brasileirão). Como você acredita que será trabalhar novamente com Luxemburgo?
Edu Dracena - Estou numa expectativa muito grande. Eu confio muito no trabalho dele e ele no meu. O Wanderley sabe o quanto eu posso render. E espero reviver aquela campanha maravilhosa que tivemos em 2003, lá no Cruzeiro, agora com o Santos. Tanto eu, como todos que trabalham no Santos, jogadores e comissão técnica, esperamos fazer o melhor. Vamos nos dedicar ao máximo para conquistar títulos.
GE.Net - Por falar em títulos, como você avalia a participação do Santos no Campeonato Brasileiro. Ainda dá para pensar em título ou o objetivo tem que ser mesmo uma vaga na Copa Libertadores da América?
Edu Dracena - Eu ainda acredito em título, sim. Hoje, o Santos está a apenas nove pontos do líder (Palmeiras). Não é uma diferença tão grande assim, ainda mais quando se fala em campeonato de pontos corridos. Se tivermos uma boa sequência de vitórias, vamos estar lá em cima. Acho que se o Santos conseguir vitórias, principalmente jogando dentro de casa, podemos chegar. Não podemos deixar que aconteça como em outros jogos, em que saímos vencendo e deixamos a vitória escapar. Não fosse isso, estaríamos em uma situação bem melhor na tabela de classificação. Mas o nosso objetivo ainda é ser campeão. Se não der, o segundo é classificar para a Libertadores.
GE.Net - Você falou em melhorar o aproveitamento de pontos na Vila. Até que ponto você acredita que o Santos pode se valer do ;fator casa; para chegar entre os primeiros colocados?
Edu Dracena - Já fui jogar na Vila algumas vezes e é impressionante como as equipes entram pressionadas. Todo adversário que vai jogar contra o Santos, na Vila Belmiro, quando o time está bem, sente. É muito complicado mesmo. Por isso acredito que se conseguirmos vencer os jogos dentro de casa, podemos crescer bastante no Brasileirão. Vamos procurar fazer um clima positivo para a equipe, dentro de casa, unindo a torcida com o time. Acredito muito que essa união pode dar certo e esperamos dar muitas alegrias ao torcedor do Santos.
GE.Net - Para finalizar, como foi a sua saída do Fenerbahce (Turquia)? Ficou alguma mágoa do clube turco?
Edu Dracena - Ficou uma mágoa, sim. Meu problema foi com a diretoria, porque o povo é maravilhoso, acolhedor e p torcedor do Fenerbahce, um apaixonado pela equipe. Mas a forma como a diretoria do clube me tratou me deixou chateado. Isso porque eu machuquei jogando por eles e quando eu mais precisei, me viraram as costas. Não quiseram me dar o tratamento e ainda rescindiram o meu contrato. Eu ainda tinha mais um ano de vínculo lá no Fener. Só que eles decidiram me mandar embora porque eles necessitavam de mais uma vaga para estrangeiro estar disputando a Uefa (atual Liga Europa, substituta da Copa da Uefa). E como eu ainda ia demorar um pouco mais para jogar e estava machucado, eles simplesmente rescindiram o contrato. Não me trataram com o respeito que eu merecia. Afinal, disputei 115 partidas pelo clube e fui campeão três vezes lá.