Anunciada como nova equipe da Fórmula 1 na última terça-feira, a Lotus abriu mais duas vagas para pilotos titulares e já está gerando especulações no mercado. Nesse contexto, o chefe da equipe, o malaio Tony Fernandes, negou que haja a necessidade de contratar corredores de seu país de origem, privilegiando a experiência visando ao ano da reestreia.
Afastada da Fórmula 1 desde 1994, a Lotus voltou graças ao Tune Group, companhia fruto de uma parceria entre o governo da Malásia e um consórcio entre empresários da nação. Presidente do grupo, Fernandes negou nesta sexta-feira que esse contexto exerça uma pressão para que sejam contratados corredores malaios - atualmente, nenhum deles participa das séries de acesso à categoria, a GP2 e a Fórmula 2.
"Minha preferência pessoal seria tentar alguém com muita experiência, mesmo se esteja no fim da carreira, para ajudar no desenvolvimento do carro", adiantou o empresário à agência Reuters. Atualmente, os pilotos que se encaixam nesse perfil são os empregados Rubens Barrichello, Giancarlo Fisichella e Pedro de la Rosa, além de Nick Heidfeld e Jarno Trulli, que não devem permanecer em BMW-Sauber e Toyota.
Embora a opinião de Tony Fernandes deva contar bastante na decisão da dupla titular da Lotus, o malaio de ascendência portuguesa já assumiu o cargo na escuderia inglesa pensando em deixá-lo no começo de 2010. "A posição de chefe não é algo permanente. Passarei isso para outro que possa fazê-lo de forma full time, apropriadamente", divulgou ele, cujo foco ainda é a empresa de aviação AirAsia. "Talvez eu goste de trabalhar assim por algumas corridas, mas provavelmente em Melbourne precisarei passar a responsabilidade", conclui, em referência à prova que deve ser a segunda da próxima temporada, ocorrendo em 28 de março.