A menos que seja excluída da Fórmula 1 na reunião do Conselho Mundial da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) em 21 de setembro, a Renault continuará nas pistas. Quem garante é o diretor de operações da montadora francesa, Patrick Pelata. O momento, porém, ainda não se mostra bom para falar sobre o futuro, e é por isso que ele nega já ter conversado com Alain Prost para substituir Flavio Briatore.
Bastou um dia desde que Briatore se desligou do cargo de chefe de equipe da Renault para que a imprensa da França já começasse a especular a possível contratação de Prost. Afastado da Fórmula 1 há sete anos, o tetracampeão mundial admitiu ao jornal L;Equipe nesta quinta-feira que aceitaria o desafio. "Fico muito honrado", disse o ex-piloto, que segundo o diário disputa o cargo com os britânicos David Richards, proprietário da Prodrive, e Craig Pollock, ex-empresário de Jacques Villeuneuve.
[SAIBAMAIS] Em meio já a tantos boatos, entende-se que a possibilidade de a Renault deixar o esporte por opção própria em função do escândalo envolvendo o Grande Prêmio de Cingapura não existe. E Patrick Pelata confirmou esse cenário à emissora de rádio gaulesa RTL. "Isso nos custará menos que isso. Não é o caso nesse momento", garantiu, perguntado sobre a possibilidade de, deixando a Fórmula 1, poupar 350 milhões de euros (R$ 927 mi) a cada ano.
Assim, a escuderia só deve acabar caso receba a punição mais severa da FIA no julgamento da próxima segunda-feira, em possibilidade que perdeu força agora que Flavio Briatore e Pay Symonds, acusados por Nelsinho Piquet de terem sugerido o acidente em Cingapura, já não são mais dirigentes.
Até que seu futuro seja definido em Paris, contudo, a Renault descarta já estudar substitutos para o italiano que era o chefe esportivo dos franceses desde 2001. "É muito cedo para discutir essas questões", avaliou Pelata, que respondeu com um seco "não" quando questionado se já teria iniciado negociações com Prost.