Ao fim do Grande Prêmio da Itália, o chefe da Red Bull Racing, Christian Horner, assegurou que Sebastian Vettel e Mark Webber não desistirão de lutar pelo título da Fórmula "até que seja impossível pela matemática". Nesta segunda-feira, o dono da empresa de bebidas energéticas, Dietrich Mateschitz, desacreditou o próprio subordinado e entregou o Mundial à Brawn GP por causa de um motivo: a fragilidade dos motores Renault.
Na prática, portanto, as declarações de Mateschitz serviram para aumentar ainda mais as especulações de que a Red Bull trocará de fornecedor para a próxima temporada - a opção, nesse caso, seria a Mercedes-Bens, porém o fato de a marca já ser parceira de McLaren, Brawn e Force India está emperrando as negociações.
De qualquer forma, o milionário austríaco atacou novamente os propulsores da Renault, cujas quebras obrigarão Vettel e Webber a cumprirem as últimas quatro etapas do ano com apenas um equipamento totalmente novo caso não queiram perder dez posições no grid de largada. "Nossos motores são inferiores aos de alguns competidores", criticou, dizendo que as prováveis punições aos pilotos haviam tirado as chances de título da escuderia já na Bélgica. "Na realidade, nosso sonho terminou antes (da prova de Monza)".
Embora revele um discurso diferente àquele no qual a Red Bull vinha se apoiando, as chances do alemão e do australiano se complicaram realmente na Itália, quando apenas um ponto foi somado, contra 18 da Brawn GP. Agora, Vettel está 26 tentos atrás de Jenson Button na classificação, enquanto que a desvantagem de Webber é ainda maior: 28,5. Esse cenário levou Rubens Barrichello a cravar neste domingo: "O ano é vencedor para nós".
Com o título já perdido por causa da fragilidade dos motores, Mateschitz torce para que ao menos encerre a temporada com uma vitória de consolação. "Espero uma punição, então duvido que possamos atingir quatro grandes resultados seguidos com nossos dois pilotos. Porém, nunca se pode excluir a possibilidade de ser bem-sucedido e ganhar de novo".