É verdade que, sacando em 5/6 no terceiro set e tendo perdido as duas primeiras parciais para Roger Federer, Novak Djokovic já estava contra as cordas na semifinal do Aberto dos Estados Unidos quando se viu em desvantagem de 0-30 em seu game de serviço. Naquele momento, de qualquer forma, todas as esperanças de reação do sérvio acabaram quando o suíço acertou aquele que elegeria depois o "melhor golpe" de sua vida: uma passada vencedora por entre as pernas.
Maior ganhador de Grand Slams da história do tênis, Federer já está acostumado a realizar jogadas inacreditáveis para reles mortais. Há um ano na própria Nova York, por exemplo, ele já havia encaixado uma passada de smash também nas semis diante de Djokovic, porém neste domingo conseguiu elevar a beleza de sua exibição uma vez mais.
"Eu sempre treino isso, mas nunca funciona. Por isso acredito ter sido o melhor golpe da minha vida", afirmou o astro, em referência à jogada que no esporte é conhecida como grand willy - o nome é uma homenagem ao argentino Guillermo 'Willy' Villas, bicampeão do Aberto da Austrália que popularizou a jogada nas décadas de 1970 e 1980.
Geralmente contido nas comemorações durante as partidas, Federer até quebrou essa tendência neste domingo e vibrou muito ao superar Djokovic, que havia feito o rival correr bastante com uma deixadinha e um lob antes de ficar a ver navios junto à rede. Após levar a torcida à loucura, bastou apenas mais um ponto para o favorito definir a classificação para enfrentar Juan Martín del Potro: no match-point, aplicou uma bola vencedora de devolução de segundo serviço com a direita.