Homem que já no segundo ano após subir da categoria 250 cilindradas conquistava o título das 500 (hoje a MotoGP), Valentino Rossi pouco se acostumou a perder durante a carreira. Até por causa disso, admite que estava um pouco acomodado até 2006, quando a perda de dois Mundiais seguidos e o surgimento de novos rivais o fizeram evoluir para voltar a brilhar.
Soberano na elite da motovelocidade entre 2001 e 2005, Rossi foi batido em 2006 por Nicky Hayden, que aproveitou incrível erro do italiano na última corrida da temporada, e no ano seguinte assistiu ao domínio de Casey Stoner, que ganhou dez dos 18 grandes prêmios do campeonato para se consagrar pela primeira vez.
Em 2008, uma campanha de 16 pódios e nove êxitos recolocou o piloto de Urbino no topo, e desta vez ele lidera a classificação geral com 30 pontos de vantagem sobre Jorge Lorenzo, outro nome que vem levando o astro ao limite. "Acho que o nível neste ano é incrível. Trata-se de uma grande motivação para tentar melhorar, como foi com Stoner quando tive de dar um salto. Mesmo com 29 anos você tem de trabalhar muito, até mais que no passado", comenta à revista Autosport o hexacampeão da MotoGP, hoje com 30 anos de idade.
Além do italiano, do australiano e do espanhol já citados, o quarteto de ouro da categoria atualmente inclui o também espanhol Dani Pedrosa, aponta Rossi: "Há quatro campeões em potencial com motos muito rápidas - Yamaha, Honda e Ducati são fortíssimas -, então isso cria um alto nível de competição".
Nesta temporada, a situação para o astro é ainda mais "excitante" porque ele disputa o título contra o próprio companheiro de equipe. "Lorenzo tem a mesma moto que eu, o que significa uma demanda maior de concentração e tempo dedicado. Assim é ruim quando você perde, mas muito mais gostoso quando é capaz de ganhar", confessa. Até aqui, o piloto mais experiente vem superando o jovem, dependendo de dois segundos lugares e dois terceiros nas quatro corridas restantes para levantar mais uma taça.