Como era esperado, a derrota para o Paraguai aumentou ainda mais a crise no futebol argentino e a descrença na classificação direta para a Copa do Mundo de 2010. Mas pior que apenas um momento de pessimismo, o desespero com a falta de alternativas é visível em todo o país. "Nem D10S salva?", pergunta-se o diário Olé, lembrando-se de uma das alcunhas de Maradona.
Apesar do técnico ter se garantido no cargo mesmo após o segundo insucesso negativo, seu trabalho à frente da seleção têm sido questionado por todo o país argentino. "A seleção está brincando com o próprio destino. A possibilidade de não disputar um mundial é real e Maradona e seus jogadores parecem cada vez mais desorientados", estampa o La Nación, que classificou a derrota para o Paraguai como "a noite em que a Argentina perdeu sua história".
Além da derrota, a imprensa ressalta a dificuldade da classificação para a Copa do Mundo, já que a Argentina não depende mais apenas de si mesma. "África do Sul cada vez mais longe", diz o diário Clarín. "Com a calculadora em mãos", brinca o La Nación
Mas Diego Armando Maradona não está sendo apontado como único culpado pelos fracassos argentinos. Além do técnico, boa parte da equipe titular também sofreu com as reclamações, especialmente por não demonstrarem vontade e raça suficientes para uma possível virada sobre o Paraguai.
Se o antigo número 10 hermano sofre com diversas críticas por seu trabalho como técnico, o herdeiro da camisa também não fica para trás. Assim como já ocorreu com Ronaldinho Gaúcho no Brasil, o meia- atacante Lionel Messi têm sido muito questionado por seu desempenho que nem de longe lembra o do Barcelona. "Por que Messi não rende na seleção?", pergunta o La Nación.