<p class="texto">Enganam-se os que pensam que apenas talento é garantia de sucesso. Por trás das conquistas das Seleções Brasileiras masculina e feminina e amparando cada pódio nas areias existe um trabalho muito bem estruturado cujo núcleo central é a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).<br /><br />Registrada como uma entidade sem fins lucrativos e criada em 16 de agosto de 1958, a CBV é, há muito tempo, vista como um negócio por seus dirigentes. A profissionalização iniciada na era do ex-presidente Carlos Arthur Nuzman, que comandou a entidade entre 1975 e 1995, ganhou força na gestão do atual presidente, Ary Graça Filho, que assumiu a CBV em 1997.</p><p class="texto"> </p><p class="texto"><strong>Confira entrevista com Ary Graça:</strong></p><p class="texto"> </p><p class="texto"><object width=435 height=346><param name=;movie; value=;http://www.dzai.com.br/static/ps9.swf;></param><param name=;allowFullScreen; value=;true;></param><param name=;allowscriptaccess; value=;always;></param><param name=;flashvars; value=;video_id=6f6c19d8936331303c53a05705d6e193=http://www.dzai.com.br/static/user/33/33624/02099d927698e452941eac75c810124c_preview.jpg=false=true; /><embed src=;http://www.dzai.com.br/static/ps9.swf; type=;application/x-shockwave-flash; allowscriptaccess=;always; allowfullscreen=;true; width=;435; height=;346; flashvars=;video_id=6f6c19d8936331303c53a05705d6e193=http://www.dzai.com.br/static/user/33/33624/02099d927698e452941eac75c810124c_preview.jpg=false=true;></embed></object> </p><p class="texto"> </p><p class="texto">;Hoje, nós temos uma empresa chamada CBV;, resumiu Ary Graça. ;A confederação é gerida como uma empresa, atua como uma empresa e é cobrada como uma empresa;, continuou. Ciente de que tem nas mãos um grande produto, Ary conta que sua entidade é estruturada de tal forma que cada setor se transforma em um braço próprio, como se fosse uma pequena empresa de fato.<br /><br />;Eu dividi o vôlei em unidades de negócios. O que é isso? É uma empresa que tem uma holding chamada CBV. A área da Seleções Nacionais é uma unidade de negócio, com orçamento próprio, com diretor próprio e bônus se der certo e demissão se der errado. Temos critérios pré-estabelecidos e o funcionário sabe disso;, explicou Ary.<br /><br />;O vôlei de praia é outra unidade de negócio. O Viva Vôlei, nosso programa social, é outro. Eventos é outro. E o Aryzão (centro de treinamento das seleções, em Saquarema) é outra unidade de negócio. Com todas essas unidades não perdendo dinheiro, não gastando mais do que podem e com metas a serem cumpridas, chegamos a ser o que somos hoje;, completou o dirigente.<br /><br />Nesse sentido, o atleta, fonte principal de qualquer esporte, não é visto como o centro das atenções. Na semana passada, Ary Graça esteve em Brasília, para uma apresentação sobre o vôlei brasileiro na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados. Nela, o dirigente apresentou o modelo que rege o funcionamento da entidade (veja quadro acima).<br /><br />Para Ary, não há mais espaço para que o atleta se sinta maior do que os outros no processo. Trata-se de uma consciência difícil de se obter em outras modalidades, mas que foi atingida no vôlei e tem garantido que o país se mantenha entre os melhores por tanto tempo. Nesse aspecto, o caso do ex-levantador da Seleção Brasileira Ricardinho é emblemático. ;No processo, todo mundo é igual. A vaidade não pode dominar. É uma tendência do atleta pensar que tudo gira em torno dele. Hoje, não tem mais isso;, garantiu.<br /><br /><span style="font-weight: bold">Engrenagem mestra</span><br /><br />Para a CBV, o sucesso do vôlei nacional está amparado em oito fatores fundamentais, que devem ficar em constante equilíbrio, sem que nenhuma das partes assuma um papel mais importante que a outra, sob o risco do sistema entrar em colapso. Acompanhe os oito pilares que sustentam o lucrativo e bem- sucedido negócio do vôlei e do vôlei de praia:<br /><br />; CBV<br />; Federações estaduais<br />; Federação Internacional de Volleyball (Fivb)<br />; Comissões técnicas<br />; Clubes<br />; Mídia<br />; Patrocinadores<br />; Atletas</p><p class="texto"> </p><p class="texto"><span style="font-style: italic">Leia mais na edição impressa do Correio Braziliense desta quinta-feira (10/9). </span></p>