Desde 2006 sem pagar os aluguéis do Centro de Treinamento Vasco-Barra, o Vasco corre o risco de não ter local para treinar. Negociando para não ser despejado, o presidente Roberto Dinamite admite a dívida, mas garante que se esforçará para chegar a um acordo com a Patty Center Serviços Patrimoniais, empresa dona do local.
O mandatário cruz-maltino revelou que está sendo uma negociação difícil, que vem se arrastando desde a gestão de Eurico Miranda. "Estamos buscando uma solução. A outra administração ficou quase um ano sem pagar. Quando nós entramos teve um aumento com relação ao custo do espaço e, no primeiro momento, em razão de todas as receitas antecipadas, tivemos dificuldade de não só pagar uma dívida anterior, mas cumprir os compromissos do momento", declarou.
Com uma dívida acumulada em R$ 3,9 milhões, o Vasco tem que pagar R$ 80 mil por mês para treinar no Vasco-Barra. Para não ser despejado, Dinamite quer usar parte do dinheiro investido pela Eletrobrás no clube.
"Hoje temos patrocínios, então busco dialogar para que a situação mude, mas, pelo que sei, a outra parte não quer negociar. Estamos tentando conversar e isso deve ser definido mais para frente. Se não chegarmos a um acordo, vamos treinar em outro lugar", afirmou.
Como corre o risco de ficar sem lugar para treinar, além de ter que pagar aluguel, o Vasco planeja construir um centro de treinamento nos próximos anos. "Nossa meta é ter um espaço para que possamos construir um novo CT para as categorias de base e o time profissional, como São Paulo, Palmeiras e todo mundo está construindo."
Enquanto não resolve a situação do CT dos profissionais, Dinamite tenta diminuir a utilização das categorias de base no Vasco-Barra. Para tanto, o presidente está próximo de selar uma parceria com o Exército
"Temos um convênio praticamente fechado para ocupar um terreno da Marinha para as divisões de base treinarem. É um projeto de parceria que não deixa de lado nossa busca de um espaço", concluiu.