Funcionários do departamento de esporte amador do Fluminense fizeram uma paralisação na manhã desta quinta-feira. Chegou-se até a cogitar uma greve geral dos funcionários do Tricolor por causa dos dois meses de salários atrasados, que só foi descartada momentaneamente.
É possível que os profissionais deste departamento parem de trabalhar nos próximos dias, apesar de os dirigentes negarem essa possibilidade. O presidente Roberto Horcades, muito pressionado, prometeu quitar pelo menos um dos meses em aberto até o início da próxima semana.
"De fato o Fluminense se encontra com dois meses de salários atrasados e fomos pegos de surpresa com essa paralisação de alguns professores do esporte amador do clube. Mas isso representa menos de 2% do total de funcionários do clube. A diretoria está trabalhando para conseguir recursos e quitar essas dívidas o mais rapidamente possível. Acredito que nas próximas 72 horas conseguiremos quitar pelo menos um mês", disse Marcelo Penha, assessor da presidência.
Os protestos contra a administração de Horcades são maiores internamente. O único vice-presidente eleito com o mandatário que se mantém no cargo é José de Souza, principal opositor e que vem trabalhando para que seja votado o afastamento do presidente por supostas irregularidades cometidas por este na parte administrativa.
"A presidência do Fluminense está tranquila e todos os atos que foram feitos pelo presidente foram baseados na lei. Mas o presidente é democrático e vai acatar tudo o que for feito dentro da lei. Mas ele confia no bom senso dos conselheiros e associados do Fluminense", tentou minimizar Marcelo Penha.