Os dias vão passando e a estratégia da Argentina não muda. A ordem é esbanjar confiança, com uma dose de provocação, às vésperas do clássico contra o Brasil, marcado para o próximo sábado, em Rosário. Lionel Messi já havia se mostrado otimista logo que desembarcou em seu país natal, no último domingo. Depois de se destacar no primeiro treino da seleção,se animou ainda mais.
"Será uma partida difícil, porque o Brasil tem jogadores muito bons, igual a nós. Portanto, podemos ganhar tranquilamente", acredita o astro do Barcelona. Para isso, porém, o jogador pede atenção com uma das principais armas do técnico Dunga: o contra-ataque.
"Espero que seja uma grande partida da Argentina e minha também. O Brasil é um time que espera ser atacado para sair no contra-ataque, assim fazem praticamente em todas suas partidas e precisamos ter isso em conta. Eles sabem o jogo que precisam fazer. Nós pensamos em nós mesmos", assegurou.
Mais experiente, o lateral/volante Javier Zanetti mede as palavras antes do clássico. Enquanto Tevez levantou a suspeita de que o Brasil estava com medo de enfrentar a Argentina em Rosário e ouviu a resposta de Luís Fabiano, que disse que quem tem medo são nossos hermanos, o jogador da Inter de Milão só quer saber de jogar bola.
"O Brasil não tem medo de nós, mas sim respeito, como nós a eles. Isso é assim, vai além das declarações que se possam fazer de um lado ou do outro", comentou Zanetti, 36 anos e 131 partidas com a seleção albiceleste no currículo.
Outro veterano, Juan Sebastian Verón vai na contramão da maioria dos colegas. Acredita no triunfo em casa, mas crê que o favoritismo é da equipe de Dunga. "Eles são os favoritos e vêm de conquista da Copa das Confederações", lembrou.
Ao menos pela tabela de classificação das Eliminatórias, o jogador campeão da Libertadores com o Estudiantes tem motivo para estar preocupado. Enquanto o Brasil é líder, com 27 pontos, e pode até voltar de Rosário com a vaga na Copa garantida, os argentinos somam 22 e estão em quarto. Assim, correm o risco de deixar a zona de classificação ao Mundial caso saiam derrotados do clássico.