O mercado de pilotos da MotoGP parecia fechado após as novidades dos últimos 20 dias, período no qual Jorge Lorenzo anunciou sua permanência na Fiat Yamaha. Após ter informado que renovaria o contrato de Dani Pedrosa por dois anos, porém, a Repsol Honda viu o próprio espanhol surpreendentemente admitir que negocia com a Ducati.
Um dos homens mais cobiçados do grid, Lorenzo tinha em mãos propostos de Ducati, Honda e Suzuki, porém preferiu seguir na Yamaha, acertando em 25 de agosto. A notícia, somada àquela do dia 14, quando o presidente da Honda Racing, Tetsuo Suzuki, afirmou que manteria a dupla formada por Pedrosa e Andrea Dovizioso, parecia ter encerrado de vez as especulações, mas não foi isso o que aconteceu.
"Com a Ducati há algumas discussões, eles estão interessados em mim", disse à revista Motosprint o catalão, revelando que na verdade só tem um princípio de acordo com seu time atual. Enquanto os rivais Rossi e Lorenzo já viram suas motos de 2010 serem testadas recentemente, o campeão das categorias 125 e 250 cilindradas ignora quais serão as perspectivas da Honda. "Não há nada novo, nada concreto. O problema é que não sei se terei de utilizar no ano que vem o mesmo equipamento de hoje".
Na preparação dos italianos para o Grande Prêmio de San Marino, marcado para o próximo fim de semana, o chefe Livio Suppo também reconheceu a possibilidade de contratar Pedrosa após ver frustrada a tentativa envolvendo Lorenzo. "Há quatro caras em um esporte diferente, e um deles ainda não assinou um novo contrato". Além dos espanhóis, os outros dois astros a que faz referência o dirigente são Rossi e Casey Stoner.
Com uma proposta já pública em mãos, assim, o espanhol de 23 anos só vê um empecilho em rumar para a Ducati: desde que a escuderia começou a disputar a MotoGP, em 2002, pilotos renomados como Sete Gibernau, Marco Melandri e Nicky Hayden não tiveram bons resultados. "Olhando do lado de fora, parece que apenas Stoner consiga pilotar a moto deles", comentou sobre o australiano campeão mundial de 2007.