A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) confirmou que abriu investigação para apurar um incidente ocorrido em uma prova do Mundial anterior. A corrida que despertou a suspeita da organização seria o Grande Prêmio de Cingapura, primeira e única prova noturna da história da Fórmula 1.
Depois de largar no 15º lugar do grid, o espanhol Fernando Alonso contou com a providencial entrada do safety car após um acidente na 14ª volta do brasileiro Nelsinho Piquet, seu companheiro na Renault, para conseguir a primeira de suas duas únicas vitórias nas 18 provas de 2008.
Durante a transmissão do Grande Prêmio da Bélgica, na manhã do último domingo, a Rede Globo divulgou que o italiano Flavio Briatore, chefe da Renault, poderia ter mandando Nelsinho Piquet, que disputava sua primeira temporada na categoria, causar o acidente de maneira proposital para beneficiar o espanhol.
Em contato com a GE.Net na manhã desta segunda-feira, a assessoria de imprensa do piloto informou que ele está em Mônaco e não pretende se manifestar sobre o assunto antes de ver a investigação anunciada de forma oficial pela FIA. Procurado pela reportagem, Nelsinho não atendeu seu telefone celular.
Sem pontuar nas dez primeiras provas desta temporada, o brasileiro foi demitido depois do Grande Prêmio da Hungria e substituído pelo franco-suíço Romain Grosjean. Ao deixar a equipe, Nelsinho fez duras críticas a Flavio Briatore, que também era seu empresário, e chamou o italiano de carrasco. No twitter, o piloto organiza o sorteio de um macacão entre os fãs.
Em entrevista à Rádio Jovem Pan no último dia 8 de agosto, quando anunciou sua demissão, Nelsinho falou sobre o Grande Prêmio de Cingapura. "O Alonso é o cara mais sortudo do Mundo. Sei que parece estranho, mas não tem nada além da sorte do Alonso", disse.