Jornal Correio Braziliense

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Para Wenger, Manchester United pratica 'antifutebol'

O técnico Arsene Wenger disse logo após perder por 2 x 1 do Manchester United no sábado que essa era uma derrota "difícil de engolir". E parece que ainda não engoliu. Nesta segunda-feira, jornais ingleses trazem declarações do técnico do Arsenal em que ele acusa o arquirrival de praticar "antifutebol". "O árbitro (Mike Dean) permitiu que o time deles cometesse faltas de forma repetitiva. Vi um jogador fazendo 20 faltas sem que lhe mostrassem um amarelo", esbravejou o treinador francês, que viu sua equipe sair na frente, mas permitir a virada dos Diabos Vermelhos no Old Trafford. Apesar das reclamações de Wenger, dos nove cartões amarelos mostrados pelo juiz no clássico, seis foram para jogadores dos Gunners, que, por isso, terá que prestar contas à Federação Inglesa. O próprio técnico, aliás, também sofreu nas mãos de Dean e foi expulso por ter se revoltado e chutado o banco quando os visitantes tiveram um gol anulado aos 50 minutos do segundo tempo. "(Darren) Fletcher cometeu seis faltas, o dobro de qualquer outro colega, mas não foi um dos três jogadores do United a receber um cartão amarelo. Há jogadores que atuam apenas para cometer faltas e que nunca são castigados por isso. Outros fazem repetidas faltas e saem de campo sem um cartão amarelo. Isso para mim é mais grave do que o que Eduardo (da Silva) fez", opinou Wenger, referindo-se ao processo aberto na Uefa contra o brasileiro naturalizado croata por ele ter simulado um pênalti. A única notícia que amenizou a revolta do treinador da equipe de Londres é que ele receberá um pedido de desculpa formal do responsável pela arbitragem, Keith Hackett, por conta da indefinição em relação ao local que ele assistiria aos minutos finais do jogo, depois da expulsão. Wenger acabou ficando na arquibancada, perto de torcedores do Manchester.